Mirós ficam na Fundação de Serralves

O anúncio foi feito por Rui Moreira esta tarde na inauguração oficial da exposição dos quadros do pintor espanhol na Fundação de Serralves: as obras ficam em exposição permanente na Fundação.
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O autarca do Porto anunciou esta tarde que a coleção dos quadros do pintor catalão fica na Casa de Serralves, naquela fundação. Fica assim desfeito o mistério em torno do destino final dos 86 quadros do artista, oriundos da coleção do BPN.

Rui Moreira assumiu que esta foi desde sempre a solução pensada, que teve o acordo de Serralves e do Governo. Esta não terá encargos financeiros para o Governo, frisou.

A inauguração oficial da exposição decorreu esta sexta-feira com o primeiro ministro António Costa a sublinhar no seu discurso que "o Porto vai ganhar uma coleção mas a coleção ganha muito com a entrega à Câmara Municipal do Porto".

Já o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou " a capital da liberdade e da criatividade cultural que é o Porto" e a decisão do governo de instalar definitivamente a coleção de Joan Miró na cidade.

Comissariada por Robert Lubar Messeri, com projeto de Álvaro Siza Vieira, a exposição Joan Miró: Materialidade e Metamorfose reúne a quase totalidade das obras da coleção de Miró na posse do Estado provenientes do BPN e percorre o rés-do-chão e o primeiro andar da Casa de Serralves até dia 28 de janeiro.

O arquiteto Siza Vieira deverá agora trabalhar o espaço da Casa de Serralves para que esta receba a exposição permanente com todas as obras (a exposição agora inaugurada não inclui todos os quadros), disse ainda Rui Moreira.

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A mostra abarca um período de seis décadas da carreira do artista catalão - de 1924 a 1981 - e debruça-se em particular sobre a transformação das linguagens pictóricas que o artista catalão trabalhou, abordando também as suas metamorfoses artísticas nos campos do desenho, pintura, colagem e trabalhos em tapeçaria.

No conjunto da mostra - com desenho arquitetónico de Álvaro Siza Vieira - estão incluídas seis pinturas sobre masonite de 1936 e também seis sobreteixims (tapeçarias) de 1973.

Passados quase três anos do anúncio da venda num leilão internacional, 80 das 85 obras da chamada coleção Joan Miró (1893-1983), proveniente do ex-Banco Português de Negócios estão pela primeira vez expostas publicamente. Esta semana o primeiro-ministro, António Costa reiterou que a coleção ficaria em Portugal, na cidade do Porto - ideia já transmitida pelo Ministro da Cultura, Luís Castro Mendes. Restava saber onde. A dúvida foi hoje desfeita.

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