Vieirinha: ver-se grego para chegar à seleção
André Vieira (Adelino é o primeiro nome, mas só responde pelo segundo) poderia dar hoje nome ao extremo da seleção nacional, mas a baixa estatura durante a infância fez com que passasse a Vieirinha. O nome pegou tanto que até se alastrou à família vimaranense de futebolistas a que pertence.
O ala de 28 anos está a viver fora do país desde 2008, mas os irmãos, ambos mais novos, ainda tentam chegar ao futebol profissional. Francisco Freitas, do Torcatense, também adotou a alcunha para a sua carreira . E porque não há duas sem três, João Freitas, do Vizela, também responde pelo mesmo nome.
Um dos mais talentosos jogadores da sua geração, Vieirinha tardou em chegar à afirmação, fruto de alguma rebeldia à mistura. Natural de Guimarães, pelo que não surpreende que a comida de que mais sente falta no estrangeira seja rojões à minhota, aprendeu a admirar Ricardo Quaresma no FC Porto, jogador que, curiosamente, ultrapassou na corrida para o Brasil. Sem espaço no Dragão, rumou ao PAOK, na Grécia, de onde até tinha medo de sair de casa... por causa dos adeptos.
Os números:
Quando Portugal venceu o Europeu de sub-17 de 2003, dois nomes prometiam brilhar mais alto: Márcio Sousa, na altura também do FC Porto, está hoje em Tondela e na altura Moutinho era o seu suplente; já Vieirinha teve que esperar dez anos para chegar à seleção A.
4 milhões de euros - A verba que o Wolfsburgo pagou ao PAOK para contratar o extremo, a meio de 2011/12, da qual 35% foi destinada ao FC Porto.
158 minutos - O tempo de jogo que Vieirinha somou desde abril, antes do estágio com a seleção, após uma paragem, por lesão, que o afastou dos relvados durante mais de seis meses.
2015, fim de contrato - O vínculo do extremo português com o Wolfsburgo termina na próxima época. Neste momento não há proposta para renovação em carteira.
120 mil euros - O salário que aufere por mês na Bundesliga, na qual é o único jogador português garantido para a próxima época.