Variante Delta: prevalência de 100% no Alentejo, Madeira e Açores. 95% em Portugal

Relatório do INSA refere que não se detetaram novos casos da variante Lambda, com "circulação vincada" no Chile e Peru. Continuam a existir 56 casos associados à Delta Plus, indica ainda documento.
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"Entre as novas sequências analisadas, a variante Delta (B.1.617.2) é a mais prevalente em Portugal com uma frequência relativa de 94.8%" na semana de 5 a 11 de julho, "mantendo-se dominante em todas as regiões". Estes são os dados do relatório sobre a situação da diversidade genética do novo coronavírus, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), divulgado esta terça-feira.

O documento mostra a prevalência desta variante por regiões, sendo que é de 100% no Alentejo e nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo com 97,2%. o Centro com 96,3%, Algarve com 94,1% e o Norte com 87,0%.

No que se refere à variante Delta Plus, que apresenta a mutação adicional K417N na proteína Spike (sublinhagem AY.1), não foi detetada em infeções por SARS-CoV-2 entre os dias 28 de junho e 11 de julho, continuando a estar associada a 56 casos. "Tem evidenciado uma tendência decrescente, não tendo sido detetado até à data qualquer caso nas semanas" de 28 de junho a 4 de julho e de 5 a 11 de julho.

Também não foram detetados novos casos da variante Lambda (C.37), com "circulação vincada" nas regiões do Peru e do Chile

O relatório de diversidade genética do vírus responsável pela covid-19 indica também que a frequência relativa das variantes Beta (B.1.351) e Gamma (P.1), associadas à África do Sul e ao Brasil (Manaus), respetivamente, "mantém-se baixa e sem tendência crescente".

INSA detalha que "não foi detetado até ao momento qualquer caso associado à variante" sul-africana nas semanas de 28 de junho a 11 de julho, e "a frequência relativa da variante de Manaus nessas semanas foi de 0.4%".

O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorged á ainda conta de outras estirpes do SARS-CoV-2 em circulação em Portugal, destacando a variante/linhagem B.1.621, que foi detetada inicialmente na Colômbia, terá tido "um decréscimo da sua frequência relativa, tendo sido detetada a 0.2% e a 0.0%" nas semanas de 28 de junho a 4 de julho e de 5 a 11 de julho, respetivamente.

O INSA refere que já foram "analisadas 11 929 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 295 concelhos de Portugal".

Desde o início de junho, refere o instituto, "têm vindo a ser analisadas uma média de 570 sequências por semana".

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