A missão do projeto "Universidade Júnior 2012" é incentivar os alunos entre os 11 e os 17 anos a "desenvolver o gosto pelo conhecimento", explicou à Lusa Filomena Mesquita, uma das coordenadoras do projeto que celebra este verão a oitava edição..Uma das funções do projeto é chegar "a toda a população", para que "grandes cabeças não sejam perdidas" e sejam incentivadas ao prosseguimento de estudos, "porque também é uma mais-valia para o país", acrescentou..Nos 139 "cursos" especiais que a Universidade Júnior do Porto leciona este verão há alunos inscritos de todos os pontos de Portugal, mas também estudantes do Gana, EUA, Tailândia, Macau, Inglaterra, Irlanda, Luxemburgo ou França.."Dr. House dos peixes", "Na pista do grão de pólen", "Agricultura em tubo de ensaio", "Combate final: bactérias versus especiarias!" ou "A minha pegada é maior do que a tua" são apenas alguns dos cursos que começaram a ser lecionados esta semana, mas o projeto prolonga-se até setembro.."Estou a aprender o que são as bactérias, a forma, mobilidade, e depois vamos fazer algumas experiências em peixes", conta à Lusa Inês Lima, 15 anos, a frequentar o "Dr. House dos Peixes". .Natural de Viana do Castelo, Inês Lima, que quer ser veterinária, está alojada no quartel da cidade do Porto durante o "curso" e acredita que a atividade a vai ajudar na futura profissão..O projeto global tem um investimento de cerca de 500 mil euros..É um projeto "caro", porque é um "projeto muito grande, envolve muita gente (mais de cinco mil alunos), muitos autocarros, alimentação, dormidas e pagamento aos monitores, explicou Filomena Mesquita, referindo que a propina que os alunos pagam (75 euros por curso) não cobre os gastos com cada um dos alunos..A Universidade do Porto investe cerca de 25 a 35 euros por cada aluno..Nas sete edições anteriores da Universidade Júnior participaram quase 30 mil estudantes, que invadem as 14 faculdades da Universidade do Porto, mas também o Jardim Botânico ou outros espaços ao ar livre, destinados a fazer observações e experiências de campo..Os principais parceiros são a Unicer, que fornece sumos para as crianças, e a Porto Editora, com "kits" pedagógicos. .Casa da Música, Parque Biológico de Gaia, autarquias, Ciência Viva, Visionarium ou a Escola de Enfermagem do Porto são outros organismos que apoiam o projeto.