Um dos suspeitos do caso Skripal identificado como um coronel russo
Um dos suspeitos do envenenamento do ex-agente russo Sergei Skripal e da sua filha, Yulia, na cidade inglesa Salisbury, foi identificado no início deste mês pela polícia britânica como sendo o agente das secretas russas Ruslan Boshirov. Agora, uma investigação do site Bellingcat revela que o verdadeiro nome do agente das secretas militares russas, GRU, é Anatoliy Vladimirovich Chepiga, um coronel que, em 2014, foi condecorado com a medalha de Herói da Federação Russa. A verdadeira identidade do suspeito foi também confirmada por fontes à cadeia de televisão britânica Sky News.
O secretário de Estado da Defesa britânico Gavin Williamson reagiu à notícia nas redes sociais. "A verdadeira identidade de um dos suspeitos de Salisbury foi revelada como sendo um coronel russo. Quero agradecer a todas as pessoas que estão a trabalhar incansavelmente neste caso", afirmou o governante.
"Esta descoberta, desde então já confirmada por várias pessoas com conhecimento do caso, afasta qualquer dúvida de que os dois suspeitos nos envenenamentos com Novichok sejam de facto agentes russos a trabalhar sob instruções do governo russo", lê-se no siteBellingcat, que desvendou a verdadeira identidade de um dos suspeitos do envenenamento do ex-agente secreto russo e da filha com o gás neurotóxico Novichok, que ocorrreu a 4 de março deste ano.
De acordo com o site Bellingcat, Anatoliy Vladimirovich Chepiga, de 39 anos, nasceu perto da fronteira russa com China. Quando fez 18 anos entrou na academia militar da sua área de residência, a Academia de Comandos Blagoveschensk, uma das mais prestigiadas do país. Quando concluiu o tempo de academia ingressou numa brigada de elite das brigadas Spetsnaz, sob o comando da GRU. Chepiga recebeu mais de 20 condecorações pelo seu serviço em vários cenários de guerra, incluindo na Chechénia.
No início deste mês, a polícia britânica identificou os suspeitos como sendo os russos Alexander Petrov e Ruslan Boshirov. Na altura, Nail Basu, da Unidade de Contraterrorismo britânica, afirmou que existem "provas suficientes para que existam acusações". Disse ainda que o gás neurotóxico Novichok foi encontrado num quarto de hotel em Londres, onde os dois homens ficaram.