TSF faz 33 anos e traz mais análise à antena

Manhãs informativas com mais histórias e fim de tarde com renovado peso na antena, com mais comentadores. Rádio Notícias prepara especial e mudanças na programação.
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Amanhã quando sintonizar a TSF o caminho vai dar a Ovar, o primeiro município a ficar fechado devido ao estado de calamidade, a 17 de março. Uma emissão especial que pretende assinalar, um ano depois, o início da pandemia em Portugal, que começou a fazer vítimas mortais a 16 de março de 2020. Este olhar focado e este especial surgem em momento de aniversário da TSF, que cumpre 33 anos a 29 de fevereiro (assinalado a 1 de março) e que chega com um "refrescamento da grelha", como explica o diretor da emissora e diretor-geral do GMG, Domingos de Andrade.

Uma mexida na programação que quer trazer mais opinião à antena, mais público a participar, maior interatividade com forte aposta nas manhãs e nos fins de tarde informativos, reforçando o fio condutor. "Queremos fazer que os ouvintes de manhã tenham a perspetiva do que vai acontecer e, ao fim do dia tenham a análise detalhada e contextualizada", antecipa Domingos de Andrade, que revela "aposta forte no online para trazer os ouvintes à antena".

"As manhãs vão ser feitas pelo Fernando Alves e pela Paula Dias, queremos trazer histórias à antena, fazendo o equilíbrio das hard news, olhar para os aspetos políticos, sociais, económicos, e trazer o país real para a antena com mais reportagens, maior capacidade de leitura da atualidade, mas também o outro olhar", refere o diretor da Rádio Notícias.

Alterações que querem mais público dentro, mas também novos comentadores, agora num espaço alargado de segunda a domingo. "Mantemos os cronistas de manhã, mas com a chegada de Miguel Poiares Maduro, às segundas-feiras", explica o diretor. O antigo ministro adjunto de Passos Coelho junta-se, ao longo da semana, ao comentador Daniel Oliveira, à diretora do JN Inês Cardoso, Raquel Vaz Pinto e ao comentador Paulo Baldaia. Ao sábado será Rosália Amorim, diretora do DN, e ao domingo a presidente da Cáritas, Rita Valadas, a olhar o país. A emissão seguirá com Manuel Acácio e o Fórum TSF, passando depois o resto da manhã e tarde informativa para a redação do Porto.

E se o dia é, na sua maior fatia, feito de notícias, o fim de tarde vai abrir ainda mais espaço ao comentário e análise, agora alargados das 17h00 às 20h30 e num programa conduzido por Ana Cristina Henriques e por Nuno Domingues. "A partir das 20h00, o Não Alinhados vai reunir figuras que, tendo um partido de base, têm um pensamento para lá dessa pertença", antecipa Andrade. Entre os nomes estão o social-democrata Miguel Pinto Luz, o deputado socialista Sérgio Sousa Pinto, a ex-dirigente e deputada do Bloco de Esquerda Ana Drago, a deputada e antiga líder do CDS-PP Cecília Meireles e Adolfo Gutkin, encenador argentino naturalizado português. "Com estes dois grandes blocos, queremos acompanhar os ouvintes que saem do trabalho após terem estado a ouvir a TSF no site, onde as visualizações têm aumentado todos os meses e que triplicaram no último mês", revela.

Os magazines como Governo Sombra ou o humor não vão sofrer mexidas, e chega mais espaço para o futebol. Após os regressos dos relatos e, vinca Andrade, "uma aposta que tem vindo a ser feita em antena no Braga", vêm aí análises, mas apenas dos encontros mais importantes. "No final dos clássicos, dos dérbis e todos os jogos que representarem valor-notícia, encontros que, pelas características da competição, possam merecer uma abordagem mais detalhada", explica o diretor da TSF. Um modelo que quer ser mais interativo, com conversas com os ouvintes no final dos grandes jogos. Em tempo de aniversário, o responsável quer manter "os valores da TSF: ir ao fim do rua, ao fim do mundo, aproximar ainda mais ouvintes e seguindo como uma das rádios mais influentes do país e que melhor olha os territórios".

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