Trump ofereceu ajuda económica em troca de desarmamento

Donald Trump, presidente dos EUA, encheu de elogios o homólogo norte-coreano Kim Jong-un e ofereceu ajuda económica em troca de desarmamento. Estão por conhecer os passos concretos a ser dados. Algumas respostas podem surgir nesta quinta-feira.
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Foi com pompa, circunstância e ambiente amistoso que teve início a segunda cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-un em Hanói, no Vietname.

Desde o primeiro encontro em Singapura, em junho do ano passado, que teve início não apenas uma nova fase nas relações bilaterais mas também um relacionamento pessoal de simpatia mútua, consolidada com a troca de cartas e agora com este encontro.

Mais uma vez, Trump classificou Kim como um "líder excelente", tendo sido retribuído com o adjetivo de corajoso por parte do presidente da Coreia do Norte. Nas primeiras declarações, na troca de palavras perante a imprensa antes da conversa de meia hora que antecedeu o jantar privado, Trump abordou uma das críticas mais frequentes relativamente à primeira cimeira. "Tivemos uma primeira cimeira excelente. Algumas pessoas gostariam de que tivéssemos avançado mais depressa, mas estou satisfeito, você está satisfeito. Estamos contentes com o que estamos a fazer", afirmou o presidente dos Estados Unidos. O otimismo transbordou neste reencontro.

Trump está certo de que "esta cimeira será tão bem-sucedida ou ainda mais bem-sucedida do que a primeira". Terá de resultar em medidas bastante mais concretas para convencer os críticos que consideram que o encontro de Singapura se cifrou em declarações de boas intenções vagas, apesar do cariz histórico desse momento em que pela primeira vez os chefes de Estado dos dois países estavam frente a frente. Em causa está a ausência de um roteiro com passos e datas concretos para o fim do poderio nuclear da Coreia do Norte. Contudo, Kim explica que houve um "mal-entendido por parte de alguns" relativamente ao que se passou ao longo destes oito meses, sublinhando que "é preciso muita paciência" neste processo.

Alguns analistas especulavam, nesta semana, se a Casa Branca tinha abandonado a exigência de uma desnuclearização total de Pyongyang. Essa possibilidade foi rejeitada pelo próprio Trump com um não à questão colocada pelos jornalistas. Outra pergunta rápida disse respeito a um outro objetivo ambicionado um pouco por toda a comunidade internacional e sobretudo pelos coreanos dos dois lados do paralelo 38.

Kim e o presidente sul-coreano Moon Jae-in têm desenvolvido laços de aproximação também ao longo do último ano, abrindo caminho para que seja firmado um acordo de paz que enterre a situação de estado de guerra que ainda se vive na península, fruto de apenas ter sido assinado um armistício em 1953. À pergunta se iremos assistir nesta cimeira a esse passo, Trump respondeu: "We'll see" (veremos).

Muitas respostas deverão ser dadas nesta quinta-feira durante os encontros diplomáticos, numa agenda bem carregada, revelou o presidente dos EUA. Os dois líderes recolheram aos hotéis onde estão instalados, percorrendo avenidas bastante policiadas e com muitos curiosos que procuravam um espaço para ver as caravanas dos líderes que fazem da capital do Vietname o centro do mundo nesta semana.

Enviado especial da Plataformamedia.com, DN e TSF

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