Trump concede indulto a ex-conselheiro que admitiu ter mentido ao FBI

Michael Flynn confessou em 2017 ter metido ao FBI sobre os seus contactos russos
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Donald Trump concedeu esta quarta-feira um indulto a Michael Flynn, ex-conselheiro que confessou ter mentido ao FBI.

"É uma grande honra anunciar que o general Michael T. Flynn recebeu um perdão total", tweetou Trump, desejando ao ex-conselheiro de segurança nacional um "Dia de Ação de Graças verdadeiramente fantástico!"

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Flynn declarou-se culpado em 2017 por mentir ao FBI sobre os seus contactos russos, a propósito da alegada interferência da Rússia nas eleições de 2016.

As conversas secretas de Flynn com o embaixador russo em Washington, em dezembro de 2016, antes da tomada de posse de Trump, foram a base da ampla investigação do procurador especial Robert Mueller sobre a interferência russa nas eleições americanas que levaram o republicano à Casa Branca.

Trump demitiu Flynn 22 dias depois de sua entrada no governo.

No entanto, o presidente sempre alegou que a investigação era uma "caça às bruxas" e que Flynn, general da reserva do exército e que já comandou a Agência de Inteligência de Defesa, é um "bom homem".

Numa medida pouco comum, o Departamento de Justiça retirou o caso contra Flynn em maio deste ano, alegando que as supostas mentiras ao FBI não eram significativas. Porém, um juiz federal exigiu uma nova revisão do caso.

Flynn é a segunda pessoa ligada a Trump envolvida na investigação de Mueller a beneficiar do poder do presidente em conceder indulto. Em julho, Trump já tinha feito o mesmo ao seu ex-conselheiro Roger Stone, que havia sido condenado por mentir ao Congresso sobre os seus esforços para proteger as informações do WikiLeaks durante a campanha de 2016.

Donald Trump, que perdeu as eleições presidenciais no início deste mês, deve deixar o cargo a 20 de janeiro.

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