Três casos de sucesso na gestão de energia
Um hotel, uma indústria de embalagens e uma herdade agrícola podem ser bons exemplos de como uma empresa deve gerir a sua eficiência energética de forma inovadora. Os casos de sucesso foram apresentados no seminário Os desafios das PME e a gestão de energia como instrumento de competitividade, organizado pela EDP, em parceria com o DN, e que decorre esta quarta na Casa da Música, no Porto.
A Rembalcom é uma empresa do setor da embalagem, sediada em Barcelos, que exporta 69% dos produtos. De acordo com Elisabete Sousa, responsável pela gestão financeira da empresa, os custos energéticos reduziram de forma acentuada com medidas tomadas. Em 2013 representavam 49%, no ano passado baixaram para 27%. O que mudou?
"Renegociamos o contrato com a EDP e entramos no mercado indexado. É um risco, porque preços variam, mas o futuro tende para a redução das tarifas. É uma aposta no futuro."
A alentejana Herdade do Esporão, já com uma extensão no Douro, fez em 2012 uma auditoria energética e iniciou logo depois a monitorização "para perceber onde se gastava mais energia", explicou Miguel Jorge, diretor de Manutenção e Investimentos da empresa. Em 2014 começaram a ser aplicadas diversas soluções, como iluminação led, centrais fotovoltaicas, e outras. Este ano a herdade, que produz vinho e azeite, pretende queimar o caroço da azeitona para gerar água quente.
"O futuro é ter independência energética, o autoconsumo."
O Inspira Lisboa Santa Marta Hotel é uma unidade hoteleira que já nasceu verde. Os princípios de sustentatibilidade estão presentes desde 2011, com o recurso por completo a fontes renováveis. Painéis solares, economizadores, sensores de movimento, e muitos outros equipamantos são utilizados, Toda a equipa de colaboradores está também focada em implementar bons princípios ambientais. "Em 2014 tínhamos reduzido os consumos de gás em 25% por cliente e na eletricidade em 23%"; explicou Paulo Moura, administrador do hotel.
"Mais de 90% dos clientes são estrangeiros e eles são cada mais sensíveis à questão da sustentabilidade energética."