Tia de Kim permanece no centro da liderança em Pyongyang
O facto do nome de Kim Kyong-hui ser mencionado publicamente poucos dias após o fuzilamento de seu marido, executado também na sexta-feira,é indicação clara que a sua posição não se encontra ameaçada, consideram os analistas do regime.
Estes afirmam que a morte de Jang Song-thaek, fuzilado sexta-feira sob acusações de tentativa de se substituir a Kim Jong-un, não terá minado o lugar de sua mulher e irmã mais nova de Kim Jong-il, pai de Jong-un. No total de 50 elementos que compõem a comissão, o nome de Kim Kyong-hui encontra-se em sexto lugar, um sinal evidente de permanecer integrada no círculo restrito da liderança.
Filha do fundador do regime, Kim Il-sung e avô de Jong-un, Kim Kyong-hui, de 67 anos, era considerada muito próxima do irmão e pai do atual líder e o seu nome tem surgido associado nos últimos anos a posições de destaque na hierarquia do regime. Além de secretária do Partido dos Trabalhadores da Coreia, é ainda general de quatro estrelas. O seu estado de saúde, todavia, tem-se deteriorado nos últimos anos.
Um novo sinal do seu estatuto poderá ser aferido pela sua presença e pelo lugar em que se encontrar nas cerimónias da próxima terça-feira em que o regime assinala o segundo aniversário da morte de Kim Jong-il.
Sendo habituais as purgas e as execuções na Coreia do Norte, a primeira dinastia comunista do mundo, o inesperado com Jang Song-thaek foi a publicidade dada ao caso, a rapidez da sua expulsão do partido, julgamento e execução.
Neste ponto, alguns analistas defendem que o sucedido revela que Kim Jong-un detém todas as rédeas do poder e considera a sua posição segura enquanto outros sustentam a perspetiva oposta, referindo que, em particular, o caso de Jang Song-thaek e outras mudanças no topo da direção do regime nos últimos dois anos indicam que o novo líder não saberá em quem confiar.