Templo Satânico processa criadores de Sabrina pelo uso de estátua
O grupo ativista Templo Satânico processou os criadores da série As arrepiantes aventuras de Sabrina, transmitida pela Netflix, por causa do uso de uma estátua. Pedem 44 milhões de euros pela cópia da estátua.
As produtoras não quiseram comentar o caso, refere a BBC. O processo terá dado entrada na quinta-feira, em Nova Iorque, e recai sobre o uso de um ícone semelhante ao deus Baphomet na série.
O grupo ativista Templo Satânico, não acredita num Satanás sobrenatural, mas num que procura "encorajar a benevolência e a empatia entre as pessoas".
O co-fundador do grupo Lucien Greaves já tinha partilhado no Twitter uma imagem a comparar as duas estátuas.
A série é baseada no livro de banda desenhada com o mesmo nome e conta a história de uma adolescente que é semi-mortal, semi-bruxa. Entre 1996 e 2003 foi transmitida uma série na televisão sobre o mesmo livro, mas desta vez sob o nome Sabrina a bruxinha adolescente.
Na série, as personagens que veneram o "Deus Negro" ou Satanás praticam canibalismo e forçam a adoração. O que o grupo Templo Satânico argumenta é que os seus membros estão a ser associados a estas práticas. O grupo argumenta que a série se apropriou de monumentos para promover "uma ficção rasteira de pânico satânico".
O Templo Satânico criou a estátua do deus bode Baphomet como parte da sua campanha para "complementar e contrapor" com um momento dos Dez Mandamentos na cidade de Oklahoma tendo por base a promoção da liberdade religiosa.
A estátua passou a representar o grupo, que agora teme estar a ser "denegrido" pela interpretação da série.