Suicídio ou homicídio? Autópsia revela que Epstein tinha pescoço partido em vários locais
O pescoço do milionário Jeffrey Epstein estava partido em vários locais, segundo o resultado da autópsia revelado pelo The Washington Post, indicando que tais lesões podem acontecer em caso de enforcamento, mas também de estrangulamento.
Segundo o jornal, um dos ossos partidos era o hioide, que no caso dos homens é próximo da maçã-de-adão. Tais fraturas podem ocorrer em caso de enforcamento, particularmente no caso de serem mais velhos, de acordo com os peritos e estudos sobre o tema. Mas são mais comuns em vítimas de homicídio por estrangulamento.
O magnata, que estava detido a aguardar julgamento por tráfico e abuso sexual de menores e que em 2008 já se declarara culpado de prostituição com menores, foi encontrado morto na sua cela em Nova Iorque, no sábado, após um aparente suicídio. De acordo com as fontes da Reuters, foi encontrado enforcado. Mas mas as circunstâncias da sua morte estão a ser investigadas.
O resultado oficial da autópsia ainda não foi revelado ou tornado público, não se sabendo se o médico legista tomou uma decisão final sobre a causa da morte. O corpo do milionário, de 66 anos, já terá contudo sido libertado.
Epstein, que se declarara inocente das acusações durante uma audiências em julho, tinha estado sob vigilância por causa de uma primeira aparente tentativa de suicídio, três semanas antes de morrer. Mas foi colocado de volta numa cela normal.
Vários meios de comunicação dizem que os guardas não seguiram o protocolo de vigilância de Epstein -- devia haver rondas a cada 30 minutos -- e que ele terá ficado sozinho por prazos de três horas. A prisão está com falta de pessoal.
Dois guardas que tinham a responsabilidade de controlar Epstein na noite em que aparentemente se suicidou foram suspensos e o diretor da prisão retirado do cargo, anunciou o Departamento de Justiça norte-americano na terça-feira.
Várias figuras políticas e empresários viajaram no avião privado de Epstein e participavam nas festas em sua casa, incluindo o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, mas também o atual, Donald Trump, ou o príncipe André, filho da rainha Isabel II.