Seixal quer realojar mais 74 famílias do Bairro da Jamaica ainda este ano

Autarca diz que câmara não tem alojamento suficiente para todos os moradores que precisam de ser realojados, mas que pretende resolver a situação de cerca de 200 pessoas até ao final de 2019.
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O presidente da Câmara do Seixal adiantou esta quarta-feira que está a "meio caminho" a compra de habitações para realojar 74 famílias que vivem no Bairro da Jamaica, o que espera que possa acontecer "ainda este ano".

Em declarações à agência Lusa em Vale de Chícharos, mais conhecido como Bairro da Jamaica, no Seixal, distrito de Setúbal, Joaquim Santos (CDU) explicou que, neste momento, o município ainda não tem todas as habitações necessárias para realojar as 74 famílias que residem nos edifícios inacabados.

"O mercado imobiliário está muito dinâmico, os preços subiram de forma significativa, a portaria que define os valores máximos de comparticipação estão a ficar cada vez mais distantes daquilo que são os preços de mercado e toda a questão relacionada com o Tribunal de Contas. É um processo complexo e eu diria que estamos a meio caminho para conseguir realojar [de três edifícios] mais 74 famílias, mais de 200 pessoas", explicou.

Ainda assim, segundo o autarca, o objetivo é que esta segunda fase de realojamentos se concretize "ainda este ano".

"No ano passado também conseguimos mesmo no final, em dezembro, antes do Natal. Estamos a tentar cumprir esse objetivo", frisou.

Em 20 de dezembro do ano passado terminou a primeira fase de realojamentos dos moradores do lote 10, em que 187 pessoas foram distribuídas por 64 habitações em várias zonas do concelho, segundo a Câmara Municipal do Seixal.

O acordo para a resolução da situação de carência habitacional neste bairro foi assinado em 22 de dezembro de 2017, numa parceria entre a Câmara do Seixal, o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e a Santa Casa da Misericórdia do Seixal.

No total, a cooperação visa o realojamento de 234 famílias e tem um investimento total na ordem dos 15 milhões de euros, dos quais 8,3 são suportados pelo município.

O bairro começou a formar-se na década de 90, quando populações que vinham dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) começaram a fixar-se nas torres inacabadas, fazendo puxadas ilegais de luz, água e gás.

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