Está escolhida a nova equipa de topo da PSP. E tem uma mulher polícia pela primeira vez

Paula Peneda entra para a história e é a primeira mulher polícia que vai desempenhar as funções de Diretora Nacional Adjunta de Recursos Humanos. O diretor de Operações é Paulo Lucas, que vem da Unidade Especial de Polícia, a elite da PSP. Na GNR, como tinha antecipado o DN, o número dois será o tenente-general Paulo Silvério.
Publicado a
Atualizado a

De acordo com o comunicado oficial do ministério da Administração Interna, na PSP destaca-se a presença, pela primeira vez, de uma mulher da carreira policial, a Superintendente-Chefe Paula Peneda, que vai desempenhar as funções de Diretora Nacional Adjunta de Recursos Humanos.

Na anterior direção, houve uma mulher, civil, como diretora nacional adjunta (DNA) na Logística e Finanças (Ana Bessa) e já houve, em 2004, outra mulher, também civil, como DNA de Recursos Humanos, Teresa Caupers.

Paula Peneda tem 56 anos e é Comandante do Comando Metropolitano do Porto desde 1 de março de 2020, tendo exercido recentemente as funções de Oficial de Ligação da PSP junto do Ministério da Administração Interna (MAI) de novembro de 2019 a fevereiro de 2020, e de Oficial de Ligação MAI junto da Embaixada de Portugal em Marrocos, de novembro de 2016 a novembro de 2019.

Anteriormente, esta licenciada em Ciências Policiais, pelo Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (na ocasião, Escola Superior de Polícia), assumiu os cargos de Comandante do Comando Distrital de Santarém, Diretora-Geral do Gabinete Coordenador da Segurança Escolar, 2.º Comandante do Comando Metropolitano de Lisboa, em substituição, Chefe de Área de Administração e Apoio Geral do Comando Metropolitano de Lisboa, comandante da Divisão da PSP de Cascais, funções na então Escola Superior de Polícia, hoje Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, Comandante de Esquadra da Secção Policial de Espinho, tendo ainda comandado e lecionado um pelotão de instruendas na Escola Prática de Polícia, Torres Novas.

O novo Diretor Nacional, o Superintendente-Chefe José Barros Correia, propôs também à tutela as nomeações Paulo Lucas (Diretor Nacional Adjunto de Operações e Segurança), José Bastos Leitão (Diretor Nacional Adjunto de Logística e Finanças) e Paulo Pereira (Inspetor Nacional), o que foi aceite pelo ministro da Administração Interna José Luís Carneiro.

Agora fica a faltar preencher o novo lugar de diretor nacional adjunto para as fronteiras, que chefiará a "Unidade de Segurança Aeroportuária e Controlo Fronteiriço", que já está prevista no organograma desta força de segurança, na sequência das competências que vão ser herdadas do SEF, que ficará oficialmente extinto a 29 de outubro próximo.

Paulo Lucas, 57 anos, esteve, em 2020, na "short list" para subir a diretor nacional, mas recusou o convite do então ministro Eduardo Cabrita. Volta de novo a ser o número dois da PSP (já foi diretor nacional-adjunto da Unidade Orgânica de Operações e Segurança entre 2012 e 2015).

É desde fevereiro de 2020 o comandante da Unidade Especial de Polícia, tendo também exercido as funções de comandante do Comando Metropolitano do Porto (agosto de 2018 a fevereiro de 2020), oficial de ligação do MAI junto da Embaixada de Portugal em Maputo (maio de 2015 a junho de 2018); secretário-geral-adjunto do Sistema de Segurança Interna (janeiro de 2009 a fevereiro de 2012); e comandante do Comando Regional da Madeira (maio de 2008 a janeiro de 2009).

Bastos Leitão, 57 anos, é desde 2019 o Diretor do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, tendo ainda assumido os cargos de Diretor do Departamento de Investigação Criminal (2015 a 2019), Oficial de Ligação do MAI junto da Embaixada de Portugal em Moçambique (2012 a 2015), Comandante do Comando Distrital de Setúbal (2009 a 2012), Comandante do Comando Distrital de Coimbra (2007 a 2009) e Diretor do Departamento de Formação (2003 a 2007).

Paulo Pereira, 56 anos, exerceu a função de comandante operacional do dispositivo de segurança da PSP em alguns dos últimos grandes eventos internacionais realizados em Portugal, nomeadamente a Jornada Mundial da Juventude 2023, Conferência dos Oceanos 2022 (organizada pelas Nações Unidas em Lisboa), Web Summit 2022 e final da Liga dos Campeões (em 2020).

Também assumiu os cargos de Comandante do Comando Metropolitano de Lisboa; Comandante do Comando Distrital de Aveiro; Oficial de ligação da PSP no Ministério da Administração Interna, chefe de gabinete do diretor nacional da PSP; diretor do Departamento de Armas e Explosivos; oficial de ligação do MAI na Representação Permanente de Portugal, em Bruxelas, junto da União Europeia; conselheiro de polícia na Estrutura de Missão para a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, em Bruxelas; chefe da Área de Operações e Segurança, comandante da 2.ª Divisão, coordenador do Núcleo de Prevenção e Investigação de Droga e de Segurança Pessoal e comandante de esquadra, exercidas no Comando Metropolitano do Porto.

Já o Comandante-Geral da GNR, Tenente-General Rui Veloso, propôs à tutela a nomeação do Tenente-General Paulo Silvério para desempenhar as funções de Segundo-Comandante Geral, confirmando a notícia avançada pelo DN a 18 de agosto.

Rui Veloso tem a particularidade de ser o primeiro oficial oriundo da Guarda a comandar a instituição, fazendo assim que Portugal deixe de ser o único país europeu em que uma força de segurança é comandada por oficiais do Exército.

Paulo Silvério, 53 anos, prestou serviço em diversas unidades/estabelecimentos/órgãos da GNR, na Academia Militar, no Instituto de Estudos Superiores Militares e no Gabinete do Primeiro-Ministro. Promovido ao atual posto no último mês, desempenhou as funções Comandante da Unidade de Intervenção entre 3 de agosto de 2021 e 15 de agosto de 2023.

Atualizado às 11h35 com a informação de que houve outra duas mulheres, mas civis, como DNA's.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt