São 230 por dia. Número de "falsas emergências" para o INEM está a aumentar

Em 2017, os Centros de Orientação de Doentes Urgentes receberam mais de 75 mil chamadas que não eram emergências médicas.
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Não são apenas as chamadas falsas que preocupam o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), mas também as "falsas emergências", que só este ano, até julho, representaram 41 973 chamadas das mais de 800 mil chamadas recebidas, segundo dados estatísticos do organismo, o que representa, em média, 230 chamadas por dia. Um número que está a aumentar quando comparado com o ano passado: no total, em 2017 o INEM atendeu 75 843 chamadas de "falsas urgências", uma média de 207 por dia.

Além disso, o INEM estima que os seus Centros de Orientação de Doentes Urgentes recebam por ano cerca de 20 000 "chamadas falsas" que originam o acionamento de perto de 7.500 meios de emergência.

Em 2018, até ao dia 15 de agosto, o INEM recebeu 871 022 chamadas nos seus Centros de Orientação de Doentes Urgentes.

O volume de chamadas que não constituem de facto uma emergência é motivo de preocupação para o INEM, uma vez "que ocupam não só os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) mas também porque motivam o acionamento desnecessário de meios de emergência que devem estar disponíveis para situações em que são efetivamente necessários", revelou o organismo ao DN, acrescentando que este tipo de ligações "tende a aumentar".

Mais 326 ambulâncias de emergência até 2021

Este ano, e para 90% dos pedidos de socorro, o tempo de resposta em zonas rurais é inferior a 30 minutos, contado desde o acionamento do meio até à chegada ao local. Para o mesmo indicador em áreas urbanas, o tempo de resposta inferior a 15 minutos situa-se nos 73%, segundo dados do INEM. Valores que estão em linha com os resultados obtidos noutros sistemas de emergência médica de países como Espanha e Reino Unido, aponta ainda o organismo.

Entretanto, o INEM anunciou esta semana que pretende renovar, até 2021, a frota de ambulâncias em Postos de Emergência Médica (PEM), que atualmente corresponde a 326 veículos.

O plano é proceder à substituição de 75 viaturas em cada ano entre 2018 e 2021, altura em que "a frota de ambulâncias se encontrará totalmente renovada".

Os PEM funcionam em corporações de bombeiros ou delegações da Cruz Vermelha Portuguesa que têm protocolo com o INEM, "para dar resposta a emergências médicas pré-hospitalares". Para isso, os PEM "dispõem de uma ambulância de socorro do Instituto, disponível 24 horas por dia para atender aos pedidos de ajuda de quem liga o 112".

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