Rússia atinge 63 alvos em território sírio nas últimas 24 horas
Os caças russos atingiram 63 alvos na Síria nas últimas 24 horas, anunciou hoje o Ministério da Defesa da Rússia, salientando que estas ações se destinam a combater o avanço do grupo terrorista Estado Islâmico.
"Aviões Su-34, Su-24M e Su-25M levaram a cabo 64 saídas da base aérea de Hmeimim contra 63 alvos nas províncias de Hama, Latakia, Idlib e Raqa", disse o Ministério num comunicado citado pela agência de notícias AFP.
De acordo com o comunicado, os ataques destruíram 53 posições usadas pelos "terroristas", bem como um posto de comando, quatro campos de treino e sete depósitos de armamento.
A Rússia afirma que a campanha na Síria está a perturbar os combatentes do EI, acrescentando que as interceções das comunicações mostra um "pânico crescente" entre os terroristas.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, a filial da Al-Qaeda na Síria apelou mesmo às fações islâmicas e rebeldes para uma mobilização geral contra a ofensiva militar do regime sírio apoiado pela Rússia.
Num comunicado citado pela agência Efe, esta organização não governamental afirma que o dirigente da organização, Abdalá al Mehaisini, lançou uma convocatória numa mensagem de vídeo recebida pelo Observatório, com sede em Londres e com uma vasta rede ativistas no território sírio.
Na mensagem, o terrorista sírio pede que "ninguém permaneça sentado, porque estamos a preparar uma grande ação", e acrescenta: "Devemos mudar a situação [da luta contra o regime] e manter a iniciativa [dos extremistas] que os infiéis [o regime e a Rússia] querem lançar contra os combatentes".
A Rússia, uma aliada do regime de Damasco, começou a sua campanha de bombardeamentos na Síria no passado dia 30 de setembro, na sua primeira intervenção direta no conflito neste país, que começou em marco de 2011.