Residentes em Lisboa e no Porto passam mais de uma hora em deslocações
Os residentes nas Áreas Metropolitanas do Porto (AMP) e de Lisboa (AML) passam mais de uma hora em deslocações, de acordo com os resultados definitivos do Inquérito à Mobilidade levado a cabo pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em 2017 e divulgado esta terça-feira.
Enquanto na zona do Porto cada residente despende em média um total de 66,8 minutos (1 hora e quase 7 minutos) por dia em deslocações, numa média de 22 minutos por cada uma delas no território metropolitano, o valor sobe para 72,5 minutos (uma hora, 12 minutos e 30 segundos) por dia e 24,5 por cada deslocação na AML.
Em Lisboa é nos municípios da Amadora (87,7%) e Odivelas (84,6%) que reside a maioria das pessoas que mais tem de se deslocar. Na AMP, nos municípios do Porto (85%) e Matosinhos (83%). "O principal motivo das deslocações efetuadas foi o trabalho, tanto na AMP (30,3%) como na AML (30,8%), seguindo-se as compras (18,5% e 19,8%, respetivamente)", pode ler-se no resumo do inquérito.
O automóvel é o principal meio de transporte nas duas áreas metropolitanas, "de forma mais marcante na AMP (67,6% das deslocações) que na AML (58,9%), considerando todos os dias da semana em geral", sendo em média ocupado por 1,56 pessoas no Porto e por 1,6 em Lisboa. "As deslocações por modos suaves (pedonal ou de bicicleta) surgem como a segunda forma de locomoção mais expressiva no total das deslocações, registando um peso conjunto de 18,9% na AMP (apenas 0,4% utilizando bicicleta) e de 23,5% na AML (0,5% relativos à bicicleta). Os transportes públicos e/ou coletivos, como principal meio de transporte, representaram 11,1% das deslocações na AMP e 15,8% na AML", refere o documento de seis páginas.
Este inquérito abrangeu cerca de 100 mil residentes nas duas áreas metropolitanas, com recolha de dados no quarto trimestre do ano passado.