"A eficiência energética, a descarbonização e a utilização de fontes renováveis de energia são prioridades regionais, alinhadas com prioridades nacionais e europeias", afirmou Ana Abrunhosa no lançamento da Rede de Inovação e Tecnologia em Energia (RITE), cerimónia que teve lugar no auditório da CCDRC, em Coimbra..A Região Centro "é muito bem dotada em recursos energéticos, nomeadamente relacionados com as energias renováveis", nas áreas hídrica, eólica e solar, bem como ao nível dos oceanos, geotermia, biomassa, biogás e biocombustíveis, salientou..Na sua opinião, a administração pública deve liderar o processo com vista a aumentar a eficiência energética e "dar o exemplo através do reforço da otimização dos consumos" de energia.."A eficiência energética deve ser encarada, no futuro, com maior vigor em todos os contextos: doméstico, industrial, transportes, edifícios e espaços públicos", acrescentou..Em declarações à agência Lusa, a economista e docente universitária realçou a importância dos fundos europeus da programação financeira Portugal 2020 para impulsionar soluções e projetos "que transformem os comportamentos" de cidadãos, empresas, outras entidades privadas e públicas no sentido de conseguir uma melhor eficiência no uso da energia..Aliás, segundo Ana Abrunhosa, cabe às comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional a realização de iniciativas que visem "a sensibilização ambiental" da população, incluindo através das escolas.."O estímulo à criação de redes colaborativas e inovadoras entre agentes relevantes da região Centro corresponde a uma prioridade da CCDRC", sublinhou..Na sessão de apresentação da RITE, usaram também da palavra Borges Gouveia e Teresa Bertrand, presidente da Associação das Agências de Energia e Ambiente (RNAE) e do EnergyIn - Polo de Competitividade e Tecnologia da Energia, respetivamente, seguindo-se várias comunicações ao longo da tarde..Organizadoras do encontro, a RNAE e o EnergyIn promovem a RITE, enquanto rede colaborativa na área da energia em Portugal, para "potenciar sinergias entre empresas e entidades de investigação e desenvolver o setor, estimulando a competitividade empresarial, das regiões e do país"..A rede prevê criar projetos inovadores e de base tecnológica, promover a descarbonização dos territórios e o crescimento económico nos planos local, regional e nacional.