Esta subida histórica, com receitas na ordem dos 12.600 milhões de euros, significa que o setor da edição de música gravada está, ao nível internacional, "no caminho da recuperação", afirmou hoje em Londres Frances Moore, uma das responsáveis da federação..A contribuir para estes resultados positivos estão plataformas que disponibilizam música pela Internet de forma legal, como a loja iTunes e o serviço de "streaming" Spotify, que estão em expansão..Aliás, as receitas de venda de música, apenas em formato digital, situaram-se, em 2012, nos 4.250 milhões de euros, representando uma subida de nove por cento em relação a 2011..De acordo com o relatório anual da federação, o consumo de música digital, nas várias vertentes na Internet - em descargas legais, subscrições, escuta de canções e visionamento de vídeos - representou 34 por cento da faturação das editoras discográficas..Em 2012, descarregaram-se legalmente 4.300 milhões de canções, um aumento de 12 por cento em relação a 2012, e, para tal, terá contribuído também a proliferação de telemóveis e "tablets" com capacidade para tal..Há países em que o consumo de música em formato digital superou a compra em formato físico, como Noruega, Estados Unidos, Índia e Suécia..Apesar dos indicadores positivos, a federação considera que o mercado discográfico ainda sai prejudicado pela pirataria na Internet, e Frances Moore renovou o apelo aos governos para que procurem mecanismos para a combater..De acordo com a federação, o álbum mais vendido de 2012, a nível internacional, foi "21", da cantora britânica Adele, com 8,3 milhões de cópias. O single mais vendido foi "Call me maybe", de Carly Rae Japsen, com 12,5 milhões de exemplares.