Quase nos 200. Mais 25 casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal

Já foram confirmados 191 casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal, mais 25 face ao dia anterior, informa a DGS. Todos os doentes "mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis".
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Há mais 25 casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal, o que eleva para 191 o número total de infeções confirmadas, indica esta quarta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS). Ontem foram reportados 166.

Lisboa e Vale do Tejo é a região que regista o maior número de casos, mas também verificam-se infeções no Norte e Algarve.

Os casos confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) referem-se a "homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos".

"Os casos identificados mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis", refere a DGS.

A autoridade nacional de saúde recomenda a pessoas que apresentem erupção cutânea, lesões ulcerativas, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, a procurar "aconselhamento clínico".

"Ao dirigirem-se a uma unidade de saúde, deverão cobrir as lesões cutâneas", aconselha a DGS.

Perante sintomas suspeitos, devem ser reforçadas medidas de prevenção: evitar o contacto físico direto com outras pessoas e evitar partilhar vestuário, toalhas, lençóis e objetos pessoais "enquanto estiverem presentes as lesões cutâneas, em qualquer estadio, ou outros sintomas".

Esta é a primeira vez que um surto do vírus VMPX, como também pode ser designado, é detetado em Portugal, num contexto de ocorrência de casos a serem reportados por vários países desde o início de maio.

O período de incubação varia entre cinco e os 21 dias, sendo em média de seis a 16 dias e os sintomas iniciam-se com febre, cefaleia, astenia, mialgia ou adenomegalias, aos quais se segue o aparecimento do exantema (erupção cutânea).

O vírus Monkeypox foi identificado em macacos em 1958 e identificado pela primeira vez em humanos em 1970.

O Monkeypox, da família do vírus que causa a varíola, é transmitido de pessoa para pessoa por contacto próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados.

Recentemente, a DGS publicou uma orientação que define a abordagem clínica e epidemiológica dos casos de infeção humana por vírus Monkeypox, prevendo que as situações suspeitas sejam referenciadas rapidamente para observação médica e que os contactos assintomáticos podem continuar a manter as suas rotinas diárias, não necessitando de isolamento.

Com Lusa

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