Quando decidiu participar no programa Erasmus, a finlandesa Juuli Kärkinen só tinha uma certeza: "Queria ir estudar para um sítio que fosse muito diferente do meu país, pela experiência", explica. O processo de decisão foi simples: aconselhou-se com uma pessoa de confiança e veio parar a Portugal. "Uma amiga minha, que tinha feito Erasmus no Porto, estava muito contente. E foi por isso que vim também. Não houve razões mágicas", brinca..A verdade é que, ao fim de um ano de curso, no norte do país, Portugal tinha mesmo feito magia: "Basicamente, percebi que queria ficar em Portugal. E queria mudar a minha área de estudo." Foi aí que a internet entrou em cena, para ajudar na decisão: "Pus-me a googlar coisas e apareceu o ISCTE. Para mim, a principal razão para o ter escolhido foi querer estar num sítio multicultural e que também me pudesse levar a uma carreira internacional", conta..As perspetivas de futuro estão sempre presentes na decisão de qualquer estudante. Mas Juuli não fica admirada ao saber que muitos jovens ligam mais às análises que antigos alunos fazem das instituições na internet do que às posições que estas ocupam nos rankings.."Penso que também depende dos objetivos que o aluno tem", diz. "Julgo que as pessoas que estão muito orientadas para o estudo e para uma carreira querem ir para um sítio que tenha um ranking muito alto, e talvez estejam dispostas a pagar mais, mas também penso que muitas pessoas vieram cá porque conhecem outras que vieram, ouviram ou leram coisas boas na internet."."Apaixonei-me por Portugal".No seu caso concreto, a intenção sempre foi conciliar a aprendizagem com uma experiência de vida. Ainda que, entretanto, as coisas tenham evoluído: "Quando vim para o Erasmus esse era o meu objetivo principal, sim. Depois do Erasmus, passou a ser outra coisa. É claro que também é porque gosto de estar num ambiente multicultural, como disse. Aprendemos muito, temos experiências diferentes, descobrimos coisas que nunca imaginámos. Mas, para mim, a razão principal foi ter-me apaixonado por Portugal e querer ficar cá, conhecer melhor o país, aprender a língua. Já falo português. Mais ou menos.".Aos 26 anos, Juuli está agora a meio do primeiro de dois anos de mestrado em Estudos Internacionais. E não pensa dar a aventura por encerrada quando se diplomar. "Não me vejo a regressar à Finlândia assim que terminar o curso", admite. "Talvez em algum ponto o faça. Neste momento estou aberta a tudo e vou ver o que acontece depois de me diplomar. Depende dos empregos que encontrar, penso." Nos últimos anos tem crescido o número de alunos estrangeiros que procuram o país. Em 2017-18, de acordo com dados divulgados no ano passado, já eram quase 45 mil, que chegaram sobretudo através de programas de mobilidade internacional.
Quando decidiu participar no programa Erasmus, a finlandesa Juuli Kärkinen só tinha uma certeza: "Queria ir estudar para um sítio que fosse muito diferente do meu país, pela experiência", explica. O processo de decisão foi simples: aconselhou-se com uma pessoa de confiança e veio parar a Portugal. "Uma amiga minha, que tinha feito Erasmus no Porto, estava muito contente. E foi por isso que vim também. Não houve razões mágicas", brinca..A verdade é que, ao fim de um ano de curso, no norte do país, Portugal tinha mesmo feito magia: "Basicamente, percebi que queria ficar em Portugal. E queria mudar a minha área de estudo." Foi aí que a internet entrou em cena, para ajudar na decisão: "Pus-me a googlar coisas e apareceu o ISCTE. Para mim, a principal razão para o ter escolhido foi querer estar num sítio multicultural e que também me pudesse levar a uma carreira internacional", conta..As perspetivas de futuro estão sempre presentes na decisão de qualquer estudante. Mas Juuli não fica admirada ao saber que muitos jovens ligam mais às análises que antigos alunos fazem das instituições na internet do que às posições que estas ocupam nos rankings.."Penso que também depende dos objetivos que o aluno tem", diz. "Julgo que as pessoas que estão muito orientadas para o estudo e para uma carreira querem ir para um sítio que tenha um ranking muito alto, e talvez estejam dispostas a pagar mais, mas também penso que muitas pessoas vieram cá porque conhecem outras que vieram, ouviram ou leram coisas boas na internet."."Apaixonei-me por Portugal".No seu caso concreto, a intenção sempre foi conciliar a aprendizagem com uma experiência de vida. Ainda que, entretanto, as coisas tenham evoluído: "Quando vim para o Erasmus esse era o meu objetivo principal, sim. Depois do Erasmus, passou a ser outra coisa. É claro que também é porque gosto de estar num ambiente multicultural, como disse. Aprendemos muito, temos experiências diferentes, descobrimos coisas que nunca imaginámos. Mas, para mim, a razão principal foi ter-me apaixonado por Portugal e querer ficar cá, conhecer melhor o país, aprender a língua. Já falo português. Mais ou menos.".Aos 26 anos, Juuli está agora a meio do primeiro de dois anos de mestrado em Estudos Internacionais. E não pensa dar a aventura por encerrada quando se diplomar. "Não me vejo a regressar à Finlândia assim que terminar o curso", admite. "Talvez em algum ponto o faça. Neste momento estou aberta a tudo e vou ver o que acontece depois de me diplomar. Depende dos empregos que encontrar, penso." Nos últimos anos tem crescido o número de alunos estrangeiros que procuram o país. Em 2017-18, de acordo com dados divulgados no ano passado, já eram quase 45 mil, que chegaram sobretudo através de programas de mobilidade internacional.