Presidente Dilma lamenta morte de Oscar Niemeyer

A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, lamentou hoje a morte do arquiteto Oscar Niemeyer, de 104 anos, que faleceu esta noite no Rio de Janeiro, e recordou o seu passado de grandes conquistas.
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"'A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem', dizia Oscar Niemeyer, o grande brasileiro que perdemos hoje. E poucos sonharam tão intensamente e fizeram tantas coisas acontecer como ele", afirmou, numa nota, Dilma Rousseff.

A Presidente brasileira recordou ainda o passado de lutas e ligação com o comunismo, citando a revolta do arquiteto com as injustiças do mundo.

"Da sinuosidade da curva, Niemeyer desenhou casas, palácios e cidades. Das injustiças do mundo, sonhou uma sociedade igualitária. 'Minha posição diante do mundo é de invariável revolta', dizia. Uma revolta que inspira a todos que o conheceram", acrescentou a Presidente.

Dilma Rousseff afirmou ainda que o arquiteto foi um "revolucionário, mentor de uma nova arquitetura, bonita, lógica e inventiva".

"O Brasil perdeu hoje um dos seus génios. É dia de chorar sua morte. É dia de saudar sua vida", concluiu.

Por sugestão da própria Presidente, o velório de Niemeyer será realizado em Brasília, no Palácio do Planalto, edifício por ele projetado.

Niemeyer estava internado no hospital Samaritano, em Botafogo, Rio de janeiro, desde 02 de novembro, devido a uma desidratação. No período em que esteve no hospital, sofreu também um agravamento das suas funções renais e uma hemorragia digestiva.

Uma infeção respiratória foi diagnosticada na última terça-feira e o arquiteto passou a receber respiração assistida. Niemeyer faleceu às 21:55 horas de quarta-feira (23:55 em Lisboa).

Niemeyer faleceu aos 104 anos, precisamente 10 dias antes de completar 105 anos de vida.

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