Portugueses madrugaram e há multidões a votar em todo o país
Os portugueses começaram a votar este domingo, uma semana antes das presidenciais de 24 de janeiro, no chamado voto antecipado em mobilidade para o qual se inscreveram 246.880 eleitores, um número recorde - apesar de ser apenas pouco mais de 2% do total de recenseados, que ultrapassaram, pela primeira vez, a barreira dos 10 milhões este ano (10 865 010).
Lisboa foi o concelho com mais inscritos, 33.364, com as mesas de voto localizadas na Cidade Universitária de Lisboa.
De acordo com o que o DN testemunhou, as urnas estão distribuídas em várias salas na Reitoria da Universidade, na Faculdade de Direiro e na Faculdade de Letras.
À entrada de cada edifício estão afixadas as listas com as numerações das mesas de voto, de acordo com a ordem alfabética dos inscritos. Pelas 9 da manhã já havia longas filas em vários pontos, mas todas as pessoas mantinham o distanciamento social ordenado pelas autoridades de saúde e estavam a usar máscara. Em todos os pontos de voto há alcool gel disponível.
Só pode entrar uma pessa de cada vez na sala onde se vota.
Noutros concelhos do distrito de Lisboa também se foram registando, ao longo da manhã, filas de espera junto aois locais de votação, mas sem registo de qualquer incidente.
Segundo os dados oficiais do ministério da Administração Interna, Oeiras foi o segundo concelho de Lisboa com mais inscritos para o voto antecipado (8 745), obrigando a desdobrar em dois locais de votos.
Em Cascais, o terceiro concelho com mais inscritos (8 232), logo cedo também havia uma longa fila junto ao mercado da vila (na foto).
No Porto inscreveram-se 13.280, e em Coimbra 9.201, de acordo com o mapa publicado pelo Ministério da Administração Interna, em que se informa quais os locais de voto em cada um dos concelhos.
Os concelhos com menos inscritos são Porto Moniz, na Madeira, com oito inscritos, seguindo-se Nordeste, São Miguel, nos Açores, com nove, e Barrancos, distrito de Beja, com 14.
Comparando com as legislativas de 2019, o número de pessoas que se inscreveram para votar uma semana antes mais do que quadruplicou - há dois anos foram 56.287, para estas presidenciais foram 246.880.
Depois da experiência de 2019, o voto antecipado em mobilidade alargou-se, das capitais do distrito para as sedes dos concelhos, e o objetivo é simples: evitar grandes concentrações de pessoas devido à epidemia de covid-19 no país.
Na prática, a votação é distribuída, por dois dias, embora a esmagadora maioria vá votar no próximo domingo.
De acordo ainda com os dados oficiais, até nove de janeiro passado, o número de eleitores recenseados era de 10.865.010, dos quais 14% rececenseados no estrangeiro.
O aumento do número de eleitores - ultrapassou, pela primeira vez, os 10 milhões deve-se, em grande medida, ao recenseamento eleitoral automático dos emigrantes com cartão de cidadão válido, que decorre de uma mudança à lei, feita em 2018.
Entre estes eleitores recenseados estão tambem cidadãos brasileiros possuidores de estatuto de igualdade de direitos políticos..