Mais 20 pessoas internadas nas últimas 24 horas, oito das quais em UCI

Portugal com mais 3009 casos e 10 mortes nas últimas 24 horas. País contabiliza agora um total de 963 446 casos e 17 330 óbitos desde o início da pandemia
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Portugal registou mais 3009 casos e 10 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quinta-feira, 29 de julho.

Há agora 51 561 casos ativos de infeção por SARS-CoV-2, mais 131 do que na véspera.

O país contabiliza agora um total de 963 446 casos e 17 330 óbitos desde o início da pandemia.

Relativamente a hospitalizações, há agora 954 pessoas internadas (mais 20 do que no dia anterior), 208 dos quais em unidades de cuidados intensivos (mais oito).

O boletim da DGS aponta também que há mais 2868 recuperados da doença, num total de 894 555.

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou mais novos casos (1156) e uma das três que contabilizou três mortes, a par do Norte e do Algarve - o outro óbito foi registado nos Açores.

Em relação às outras regiões, o Norte somou mais 1032 casos, o Centro mais 320, o Algarve mais 241, o Alentejo mais 168, os Açores mais 66 e a Madeira mais 26.

A taxa de incidência mantém-se em 428,3 casos de infeção por covid-19 por 100 mil habitantes a nível nacional e em 439,3 casos no continente.

O R(t) permanece em 1,01 tanto a nível nacional como no continente.

O Conselho de Ministros reúne-se esta quinta-feira para decidir os próximos passos no processo de abertura do país, dois dias depois de especialistas terem sugerido a evolução das medidas de restrição de acordo com a taxa de vacinação contra a covid-19.

Após a 22.ª sessão sobre a evolução da covid-19 em Portugal, no Infarmed, na quarta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que o Governo está a preparar os próximos passos no processo de abertura do país, procurando obter o máximo possível de informação científica sobre a evolução da pandemia de covid-19 antes de decidir.

"Preparamos os próximos passos procurando o máximo de informação possível para o processo de tomada de decisão", escreveu na rede social Twitter.

Já a ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou no final da reunião no Infarmed: "Tem sido fundamental conseguir mais vacinas para prepararmos agora este próximo Conselho de Ministros com uma situação de alguma esperança relativamente a uma situação que ainda vivemos de pandemia, mas na qual podemos perspetivar a forma como o regresso às nossas vidas se torna cada vez mais próximo".

Os peritos consultados pelo Governo sugeriram na reunião a evolução das medidas de restrição de acordo com a taxa de vacinação e insistiram na importância do controlo de fronteiras e da ventilação dos espaços para evitar recuos no Outono/Inverno.

Na reunião foi revelado que a incidência de novos casos de covid-19 em Portugal regista uma tendência "ligeiramente crescente a estável", com a velocidade de aumento "a diminuir", segundo adiantou o diretor de serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo a intervenção de André Peralta Santos, já se nota uma estabilização no número de novos casos, apesar de existir ainda uma "tendência crescente dos internamentos e mortalidade" por covid-19.

Na reunião em que destacou que a variante Delta representa 98,6% dos casos em Portugal, a investigadora Andreia Leite, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Universidade Nova de Lisboa, propôs a atualização do limiar de incidência na avaliação de risco da covid-19 para 480 casos por 100 mil habitantes (atualmente é de 240 por 100 mil), assim como a definição de um limite de ocupação em unidades de cuidados intensivos (UCI) de 255 camas.

A questão da vacinação dos jovens abaixo dos 18 anos será abordada pelo Conselho de Ministros, segundo revelou a ministra da Saúde, igualmente após a reunião no Infarmed, considerando que a matéria está clarificada, apesar de ainda não ser conhecida a posição final da Direção-Geral da Saúde.

"No tema da vacinação na idade pediátrica está já clarificada a decisão de vacinação 18 aos 16 anos, e está já clarificada também a vacinação dos 12 aos 15 em casos de comorbilidades, que nos vão agora ser listadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS)", disse Marta Temido.

A comparticipação a 100% dos testes rápidos de antigénio (TRAg), que vigorava até final do mês, foi alargada até 31 de agosto, segundo uma portaria esta quinta-feira publicada em Diário da República.

"Perante a atual situação epidemiológica, importa assegurar a manutenção da vigência do regime excecional e temporário estabelecido, continuando a intensificar a utilização de testes para deteção do SARS-CoV-2, realizados de forma progressiva e proporcionada ao risco", refere o Governo na portariam assinada pelo secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes.

A portaria fixa o valor de 10 euros como preço máximo para efeitos de comparticipação e limita-a a um máximo de quatro testes por mês e por utente.

A comparticipação não se aplica aos utentes que têm o certificado de vacinação (que ateste o esquema vacinal completo há pelo menos 14 dias) ou o certificado de recuperação, nem aos menores de 12 anos.

Depois de publicada a portaria que define a comparticipação, no início de julho, a Ordem dos Médicos veio saudar a decisão, mas defendeu que a medida devia incluir quem já tem esquema vacinal completo.

"Uma pessoa vacinada pode, ainda que raramente, ser infetada e, muito raramente, transmitir o vírus a outra pessoa", recordou, na altura, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, sublinhando a importância de incluir os utentes com certificado de vacinação.

A realização dos testes poderá ter lugar nas farmácias de oficina e laboratórios de patologia clínica ou análises clínicas devidamente autorizadas pela Entidade Reguladora de Saúde (ERS).

Atualmente são mais de 400 as farmácias espalhadas pelo país que disponibilizam testes gratuitos. Além das farmácias, há também 104 laboratórios onde estes testes também podem ser realizados.

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