Incidência e Internamentos sobem em dia com mais 15 mortes

Há um aumento dos internamentos por covid-19 em Portugal nas últimas 24 horas. São mais 30 pessoas internadas, totalizando são agora 994. O nível de incidência voltou a subir.
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Portugal registou mais 15 mortes e 2314 casos confirmados de covid-19 nas últimas 24 horas, indica o boletim deste domingo da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Há mais 30 pessoas internadas (são agora 994) e mais 1 em unidades de cuidados intensivos do que ontem, no total de 144.

O país contabiliza agora um total de 18 673 óbitos e 1 196 602 infeções desde o início da pandemia.

A incidência nacional é agora de 485,3 casos por infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 por 100 000 habitantes (era de 457,7 na última contagem, na sexta-feira, dia 13 de dezembro. E no continente de 490,3 casos (eram 462,5).

Já o indice de transmissibilidade R(T) baixou tanto no continente como a nível nacional de 1,11 para 1,09.

Cerca de 300 mil doses de vacinas pediátricas contra a covid-19 chegaram esta segunda-feira a Portugal, prevendo-se a chegada de mais 460 mil em janeiro de 2022, disse o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales.

As 300 mil doses de vacinas pediátricas chegaram a Arazede, no concelho de Montemor-o-Velho, distrito de Coimbra, por volta das 08:30, ficando aqui armazenadas até seguirem para os locais de vacinação para serem administradas em crianças com idades compreendidas entre os 05 e os 11 anos.

"Em janeiro vamos receber cerca de 460 mil doses de formulações pediátricas, cerca de cento e poucas mil doses por semana. As doses vão chegar gradualmente até ao conjunto global de cerca de 1,5 milhões de doses de formulação pediátrica", acrescentou António Lacerda Sales.

De acordo com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, que marcou presença na receção às vacinas pediátricas, as soluções pediátricas são todas da Pfizer.

"É um dia muito importante porque viemos receber 300 mil doses de formulação pediátrica. Simultaneamente chegaram também mais de 500 mil doses de vacinas convencionais para adulto", informou.

Nesta ocasião, o governante deixou ainda uma mensagem de confiança na ciência, no plano de vacinação, na logística e nos profissionais de saúde.

"Mas, acima de tudo, quero deixar uma mensagem de confiança na decisão dos pais, para vacinarem as suas crianças com idades entre os 5 e os 11 anos, como primeiro objetivo de os proteger e proteger a normalização da vida dos seus filhos e da vida em sociedade", apontou.

Sobre a vacina pediátrica, o presidente do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, Rui Ivo, explicou que é a primeira formulação pediátrica aprovada a nível europeu.

"É uma formulação adaptada a esta faixa etária, sendo um terço da dose de adulto: 10 microgramas", referiu, acrescentando ainda que serão administradas duas doses para completar o esquema vacinal das crianças.

Portugal vai iniciar a vacinação de crianças abaixo dos 12 anos no fim de semana de 18 e 19 de dezembro.

A partir de 18 e 19 de dezembro serão vacinadas as crianças de 11 e 10 anos, podendo também ser vacinadas algumas de 9 anos.

A 06, 07, 08 e 09 de janeiro serão vacinadas crianças entre os 9 e os 7 anos, a 15 e 16 de janeiro será a vez das crianças entre os 6 e os 7 anos, enquanto a 22 e 23 de janeiro serão vacinadas as crianças de 5 anos.

Entre 05 de fevereiro e 13 de março serão administradas as segundas doses, altura em que ficará o esquema vacinal completo para esta faixa etária, estima o Governo.

A partir desta segunda-feira, está aberto ao autoagendamento para a toma da vacina, sendo que as crianças com comorbilidades terão prioridade na vacinação, independentemente da idade, desde que tenham prescrição médica.

A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) desaconselhou esta segunda-feira a realização de eventos, festas e jantares que promovam a aglomeração de pessoas, com efeitos imediatos, dada a imprevisibilidade da evolução epidemiológica da covid-19.

"A atual situação epidemiológica nacional e regional, relativa à pandemia por covid-19, é caracterizada por um elevado grau de incerteza, devido à dinâmica de circulação de vários vírus nos meses de inverno e à emergência de uma nova variante de preocupação de SARS-CoV-2", refere a ARS-Norte.

Em comunicado, a ARS-Norte considera que "esta imprevisibilidade da evolução epidemiológica da covid-19, implica uma avaliação de risco contínua e, de acordo com o nível de risco apurado, a reavaliação das medidas de saúde pública implementadas".

"Independentemente do cumprimento integral de todas as medidas de saúde pública preconizadas, o risco de transmissão de infeção por SARS-CoV-2, particularmente em eventos de cariz social favorecedores de aglomeração de pessoas, de comportamentos de proximidade e de contacto físico, é real e não pode ser anulado", sublinha.

A autoridade de saúde do Norte lembra que "continuam a ocorrer casos/surtos relacionados com eventos sociais promotores da agregação de pessoas, dada a circulação de pessoas infetadas, com ou sem sintomas, ainda que com um esforço de testagem prévia".

Defende, por isso, que é "fundamental que todos aqueles que pretendem realizar eventos durante a pandemia, ainda que nos limites do enquadramento legal, ponderem o risco a que se estão a submeter, assim como aos demais participantes, tendo a responsabilidade de aplicar as medidas de redução de risco e de cumprir, promover e garantir o cumprimento da legislação vigente aplicável, bem como das normas, orientações e recomendações da Direção-Geral da Saúde".

Refere que as autoridades de saúde da região Norte manterão o acompanhamento da situação epidemiológica, ajustando a intervenção em saúde pública, de acordo com a avaliação de risco.

A ARS-Norte reitera que é "fundamental manter elevada atenção ao aparecimento de sintomas de covid-19, nomeadamente, febre, tosse (de novo, agravada ou associada a dores de cabeça ou dores generalizadas do corpo), dificuldade respiratória ou perda total ou parcial do olfato ou do paladar, de início súbito", e no caso do aparecimento destes sintomas, contactar o Centro de Contacto do SNS 24 (808 24 24 24), bem como dar cumprimento às medidas de prevenção e controlo determinadas pelas autoridades de saúde territorialmente competentes.

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