Menos doentes internados e menos casos ativos

Portugal registou 14 mortes e 3591 novos casos de covid-19. Há agora menos 41 pessoas internadas e menos duas em unidades de cuidados intensivos.
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Portugal registou mais 14 mortes e 3591 casos confirmados de covid-19 nas últimas 24 horas, indica o boletim desta terça-feira da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O país ultrapassou assim a barreira das 1,2 milhões de infeções desde o início da pandemia: são agora um total de 1200193. O país contabiliza ainda 18687 óbitos desde março de 2020.

Com 6358 recuperados registados nas últimas 24 horas, o número de casos ativos baixou assim para 65757. Em vigilância estão 91709 pessoas, mais 950 do que na véspera.

O boletim diário da DGS mostra também uma redução do número de internamentos, que são menos 41 do que no dia anterior, para um total de 953. Descem também os números de doentes em UCI (142, menos dois).

Em relação aos 14 óbitos, a maioria registou-se na região Norte, com cinco. Segue-se a região Centro, com quatro, e o Algarve, com três. Lisboa e Vale do Tejo e Madeira registaram uma morte cada.

Já dos novos casos reportados, a maioria foi em Lisboa e Vale do Tejo (1159), com a região Norte a apresentar também números semelhantes (1148). A região Centro teve 792 novas infeções, o Algarve 211 e o Alentejo 98. Nas regiões autónomas, foram registados novos 170 casos na Madeira e apenas 13 nos Açores.

A Madeira inicia esta terça-feira o processo de vacinação de crianças entre os 05 e os 11 anos contra a covid-19, num universo de 14.715 utentes, sendo a primeira região do país a avançar com a inoculação nesta faixa etária.

O processo de vacinação das crianças tem início às 14:00, no Centro de Vacinação do Funchal, decorrendo no mesmo local também no dia 15, quarta-feira.

Segundo o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, a Madeira recebeu no domingo 12.000 vacinas pediátricas e a estratégia regional "definiu 19 momentos de vacinação das crianças na Região Autónoma da Madeira até ao dia 30 de dezembro", com o objetivo é "aproveitar ao máximo" a interrupção letiva do Natal e "acelerar a vacinação" dos mais novos.

O governante explicou que será dada prioridade às crianças com patologias associadas, mediante contacto e marcação do dia através dos serviços de saúde, decorrendo, contudo, "quase em simultâneo" a inoculação das restantes.

A vacinação das crianças irá decorrer na modalidade 'porta aberta'. De acordo com o governante, "a estratégia definida permitirá assegurar a vacinação das crianças entre os 05 e os 11 anos nos centros de vacinação da sua área de residência, deixando a possibilidade de serem vacinadas noutro centro, caso seja a vontade dos pais".

No dia 17 de dezembro as vacinas serão administradas no Porto Santo; nos dias 18, 19 e 20 novamente no Funchal; no dia 21 em Câmara de Lobos e Ribeira Brava (zona oeste da ilha da Madeira); no dia 22 em Machico e Santa Cruz (zona leste); no dia 23 regressa a Câmara de Lobos e Ribeira Brava; no dia 27 na Ponta do Sol e Calheta (zona oeste); no dia 28 em São Vicente e Porto Moniz (costa norte); no dia 29 em Santana (norte) e Funchal, onde também terá lugar no dia 30 de dezembro.

Nos dias 24, 25, 26 e 31 de dezembro e no dia 01 de janeiro de 2022 os centros de vacinação estarão encerrados.

O secretário regional da Saúde disse que, na Madeira, a segunda dose da vacina pediátrica, fornecida pela farmacêutica Pfizer, será aplicada 21 dias após a primeira toma.

Em Portugal continental, o início da campanha de vacinação de crianças entre os 05 e 11 anos tem início no sábado, dia 18 de dezembro, cinco dias depois da abertura do autoagendamento.

No fim de semana de 18 e 19 de dezembro serão inoculadas neste território as faixas etárias dos 11 e 10 anos, de 06 a 09 de janeiro os 09, 08 e 07 anos, em 15 e 16 de janeiro a faixa etária dos 07 e 06 anos, e em 22 e 23 de janeiro as crianças de 05 anos.

De 05 de fevereiro a 13 de março serão aplicadas as segundas doses no continente e terá lugar a conclusão do esquema para todas as crianças.

Nos Açores ainda não foi anunciada uma decisão sobre a vacinação nas crianças.

O administrador da fábrica de Conservas Ramirez, em Matosinhos, afirmou esta segunda-feira que estão confirmados 11 casos de covid-19 na conserveira e que o surto teve origem num jantar "entre alguns funcionários e pessoas externas".

Em declarações à agência Lusa, a propósito da denúncia feita pelo Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB), Manuel Ramirez afirmou que o surto de covid-19 teve origem num jantar entre alguns funcionários da fábrica, do qual a administração "desconhecia".

"Terá havido um jantar entre colegas e externos da empresa de uma determinada área que a administração desconhecia", disse.

Segundo o administrador, o surto foi detetado depois de um funcionário da conserveira ter apresentado sintomas, "situação que foi logo comunicada ao delegado de saúde" e que resultou na testagem dos 220 funcionários no dia 07 de dezembro.

"Foram detetados 11 casos de covid-19 e todas as pessoas estavam vacinadas", afirmou, acrescentando que os funcionários se "encontram bem".

Manuel Ramirez disse ainda que a 09 de dezembro, os funcionários voltaram a realizar testes antigénio, não tendo sido detetado "nenhum caso".

"Amanhã [terça-feira] vamos fazer novamente testes PCR por uma questão de precaução", disse, acrescentado que a fábrica tem cumprido e implementado todas as normas de segurança e higiene.

"Nunca baixámos a guarda", observou, desmentindo a denúncia feita esta segunda-feira pelo sindicato.

Numa nota enviadaesta segunda-feira, o SINTAB refere, tendo por base uma denúncia feita por trabalhadores da conserveira, que "o número de casos confirmados é já superior a 30".

Segundo o sindicato, os funcionários garantem que "o início deste surto se verificou há cerca de duas semanas e que, ao invés de terem sido promovidas medidas de contenção, alguns quadros dirigentes optaram ainda por participar nos habituais jantares de confraternização da quadra natalícia, de onde se desconfia ter resultado uma ainda maior potenciação do contágio generalizado".

"Se, na passada terça-feira, estavam identificados 12 casos positivos de contágio, a falta de medidas extraordinárias, e um novo jantar de Natal (já depois de se ter sinalizado o da semana anterior) rapidamente elevaram os números para mais de 30, ao dia de hoje [segunda-feira]", detalha o comunicado do SINTAB.

A estrutura regional deste sindicato refere ainda que "só hoje [segunda-feira], com a anulação dos testes rápidos que a empresa ia fazer, e com o agendamento para amanhã de uma iniciativa de testagem universal com testes PCR, é que se identifica uma intervenção coordenada das autoridades de saúde".

"Esta é a evidência da gestão economicista que o SINTAB tem vindo a denunciar desde o início da crise pandémica, em que a segurança e a saúde dos trabalhadores tem sido sempre colocada em segundo plano, em todo o setor da alimentação que, fruto dos confinamentos, tem assistido a um aumento considerável das encomendas, maioritariamente nas massas alimentícias e conservas, inerente ao grande crescimento do consumo doméstico", remata o sindicato.

A covid-19 provocou pelo menos 5.304.397 mortes em todo o mundo, entre mais de 269 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

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