Incidência e R(t) continuam a diminuir em dia com 7 mortos

O boletim da DGS indica que há menos 23 pessoas com covid-19 internadas, sendo agora, no total, 474. Foram registados, em 24 horas, 1023 novos casos e 7 mortos em Portugal. A Incidência e Transmissibilidade continua a baixar
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Portugal registou nas últimas 24 horas 1023 novos casos de covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). O relatório desta sexta-feira, 17 de setembro, indica que morreram mais 7 pessoas devido à doença.

No que diz respeito à situação nos hospitais portugueses, o número de internamentos continua a descer. Há agora 474 pessoas com covid-19 hospitalizadas, o que corresponde a menos 23 internados face ao dia anterior.

Já em relação aos cuidados intensivos há 97 doentes nestas unidades, menos seis que ontem.

Portugal aproxima-se cada vez mais da zona verde na matriz de risco. A incidência baixou quer a nível nacional quer no continente e é agora de 173,6 e 177,9 respetivamente. Ontem era de 191,1 a nível nacional e 196,1 no continente.

O nível de transmissibilidade R(t) também baixou ligeiramente e é agora de 0,83 a nível Nacional e de 0,82 no Continente.

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a região com o maior número de mortos (3) nas últimas 24 horas e com o maior número de novos casos: 7647.

Na quinta-feira, numa sessão que assinalou sobretudo o "extraordinário êxito" do processo de vacinação em Portugal, que contribuiu decisivamente para "provavelmente antecipar o fim de uma fase da pandemia", DGS e INSA apontaram para o próximo período festivo de final de ano como uma fase crucial para avaliar a evolução da covid-19 no país, pois "as festividades podem coincidir com um período de menor efetividade da vacina" nos grupos de risco que já foram inoculados no início de 2021.

Depois de exporem vários dados para atestar a importância da vacinação - como o facto de, na primeira semana de agosto, quatro em cada cinco casos de internamentos por covid-19 não terem vacinação completa, aumentando para 14 em cada 15 doentes em cuidados intensivos - Pedro Pinto Leite (DGS) e Baltazar Nunes (INSA - Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge) alertaram para os novos desafios trazidos pelo outono e inverno, com o regresso às escolas e ao trabalho presencial e as festas de Natal e Ano Novo a fazerem aumentar a mobilidade e eventuais cadeias de transmissibilidade do vírus, como aconteceu no ano passado.

Na memória de todos ficaram as consequências desse período, com o país a enfrentar a pior vaga da pandemia no início de janeiro, deixando hospitais quase em rotura e recordes diários de mortes. Desta vez, os peritos da DGS e do INSA traçam três cenários para o outono-inverno, do menos grave até ao mais grave, colocando de novo o ênfase na vacinação.

No cenário mais "benigno", que contempla um período médio de imunidade vacinal de cerca três anos e o não aparecimento de qualquer outra variante de preocupação (atualmente a Delta representa praticamente 100% dos casos em Portugal), não haverá razões para preocupações de maior. Nos outros dois cenários, que contemplam a redução da imunidade vacinal para apenas um ano e, no pior deles, também o surgimento de uma nova variante de preocupação, o período festivo de final de ano pode ver as hospitalizações em cuidados intensivos e o número de óbitos ultrapassarem os limites das linhas vermelhas. Dependendo desses cenários, a resposta prevista pelas autoridades de saúde será de "transição" (cenário mais favorável), controlo (intermédio) ou de mitigação (mais grave).

De resto, com 81,5% da população já com a vacinação completa, segundo a apresentação do coordenador da task-force da vacinação, Gouveia e Melo, para quem "a primeira batalha está ganha", com um índice de transmissibilidade (Rt) que "nunca esteve com valores tão baixos [0,84 a nível nacional]" sem que medidas de restrição muito acentuadas estivessem em vigor, e com o decréscimo de vários outros indicadores epidemiológicos, como a incidência de contágios, a positividade, internamentos hospitalares e mortalidade, os peritos consideram estarem reunidas as condições não para uma espécie de "dia da libertação", mas para uma fase de "transição responsável". Assim lhe chamou Raquel Duarte, a quem o Governo tem encomendado as propostas que servem de base aos planos de desconfinamento adotados.

O Governo italiano aprovou esta quinta-feira um decreto para exigir o "passaporte sanitário" a todos os trabalhadores, uma medida que entrará em vigor a 15 de outubro e tornará a Itália no primeiro país europeu a solicitar este certificado no emprego.

O "passe verde" da covid-19, como é chamado em Itália, já é exigido para determinadas circunstâncias, como o acesso ao interior de bares e restaurantes, ginásios, museus ou convenções, e será agora solicitado a todos os funcionários do setor público e privado.

No final da reunião do Conselho de Ministros, o ministro italiano das Administrações Públicas, Renato Brunetta, explicou, que "a Itália está na vanguarda do mundo" com esta decisão que procura permitir que o país enfrente o inverno em melhores condições de segurança e para evitar novos encerramentos devido à pandemia.

Renato Brunetta sublinhou que a economia italiana vai crescer cerca de 6% no conjunto de 2021, em comparação com a queda de 8,9% em 2020, e que esta iniciativa vai também no sentido de proteger esta reativação.

A ministra dos Assuntos Regionais, Mariastella Gelmini, explicou, por seu turno, que o Governo de Mario Draghi também reduziu o preço dos testes ao coronavírus que serão gratuitos para quem não puder ser vacinado e custarão 8 euros para menores de 18 anos e 15 euros para os restantes, em comparação com os cerca de 20 euros que custam atualmente.

Quem não apresentar o certificado ou levar uma falsificação enfrentará multas financeiras e até mesmo a suspensão temporária do emprego, embora isso não signifique que possa ser despedido, disse a ministra do Trabalho, Andrea Orlando.

"O objetivo é aumentar a segurança no local de trabalho", acrescentou a ministra, citada pela agência espanhola Efe.

O certificado, válido por via digital ou papel, demonstra que a pessoa recebeu pelo menos uma dose da vacina contra o coronavírus SARS-Cov-2", ou teve a doença covid-19, ou foi submetido a um teste de rastreio que deu negativo nas horas que antecedem a sua apresentação, período que foi alargado agora das 48 para as 72 horas.

A Itália tem atualmente 74,61% da população com mais de 12 anos imunizados contra o coronavírus, números semelhantes aos dos seus vizinhos na União Europeia.

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