Lisboa com 54% do total das novas infeções. Norte supera 500 casos

Portugal com 2449 novos casos e cinco mortes nas últimas 24 horas. De acordo com a Direção-Geral da Saúde, estão 509 pessoas internadas, das quais 113 nos cuidados intensivos.
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Portugal registou nas últimas 24 horas 2449 novos casos e mais cinco mortes por covid-19, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quinta-feira (1 de julho).

Os dados da DGS confirmam que a região Norte está a ter um aumento de casos de forma progressiva, tendo atingido as 566 novas infeções, sendo que começou a semana com 203 casos.

Ainda assim, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a mais preocupante, pois registou nas últimas 24 horas 1339 casos, o que equivale a 54,7% do total do país.

A região Centro contabilizou 235 novas infeções, enquanto o Algarve chegou aos 217 casos. De resto, o Alentejo contabilizou 53, os Açores tiveram 23 e a Madeira 16.

H​​​​​á agora 509 pessoas hospitalizadas (mais cinco do que no dia anterior). Deste total, 113 doentes estão internados em unidades de cuidados intensivos (menos sete que na quarta-feira).

O boletim refere ainda que há mais 1210 casos ativos, tendo sido dadas como recuperadas da doença 1234 pessoas. Além disso, há menos 15 contactos em vigilância, totalizando agora 53 260.

Os testes rápidos de antigénio (TRAg) à covid-19 passam, a partir desta quinta-feira, a ser comparticipados a 100%, uma medida que visa intensificar a sua utilização pela população e reforçar o controlo da pandemia de covid-19.

O regime excecional e temporário de comparticipação de testes rápidos de antigénio (TRAg) de uso profissional foi publicado na quarta-feira em Diário da República, entra esta quinta-feira vigor e prolonga-se até 31 de julho, "sem prejuízo da sua eventual prorrogação", segundo a portaria que cria o regime excecional.

A portaria, assinada pelo secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, fixa o valor de dez euros como preço máximo para efeitos de comparticipação.

A comparticipação é limitada a um máximo de quatro testes por mês e por utente e não se aplica aos utentes que têm o certificado de vacinação (que ateste o esquema vacinal completo) ou o certificado de recuperação, nem aos menores de 12 anos.

A portaria estabelece ainda que a realização dos testes poderá ter lugar nas farmácias de oficina e laboratórios de patologia clínica ou análises clínicas devidamente autorizadas pela Entidade Reguladora de Saúde (ERS).

O Centro Hospitalar do Algarve admite que os profissionais de saúde podem ter de sacrificar as férias a que têm direito por causa do combate à pandemia, revelou secretário de Estado responsável pela coordenação regional da covid-19.

Numa entrevista ao jornal Público e à Rádio Renascença, Jorge Botelho conta que falou com a presidente do conselho de administração do centro hospitalar do Algarve, que admitiu essa possibilidade.

"Hoje mesmo a presidente do conselho de administração do centro hospitalar do Algarve disse-me que estavam a programar as coisas e a fazer tudo para tentar evitar prejudicar a atividade normal e já falava que se calhar os profissionais de saúde vão ter de sacrificar férias a que têm plenamente direito em função de uma resposta atempada para controlar a pandemia", afirmou.

Questionado sobre se tal pode ser feito sem estado de emergência, o governante disse que sim, "desde que seja combinado com os profissionais e os profissionais entendam", mas que, neste momento, a situação está na fase de gestão dos administradores hospitalares.

O secretário de Estado da Descentralização e da Administração Local admite que a situação no Algarve se está a agravar, mas criticou a decisão da Administração Regional de Saúde de fechar escolas em cinco concelhos algarvios por não ter sido articulada com os autarcas e com o Governo.

Sobre a possibilidade de limitar entradas e saídas na região, Jorge Botelho disse não ser defensor desse tipo de medidas e defende antes "a supervisão das autoridades".

"Não temos uma situação de descalabro na região, temos uma situação preocupante. Amanhã [hoje] o Conselho de Ministros vai avaliar", afirmou o responsável, insistindo: "Não sou partidário de fechar, ou de cercos, principalmente numa região turística, mas a matriz deve ser aplicada enquanto existir e ela tem dado sinais aos senhores autarcas e a todas entidades públicas, e sabemos com funciona".

Na entrevista, o governante reconheceu alguns problemas com a vacinação no Algarve, admitindo que os centros estão a vacinar abaixo da capacidade, e defendeu "um agendamento central superior, um 'overbooking' para colmatar uma ou outra falha na vacinação", revelando que "há pessoas que estão a faltar à vacinação".

"A abertura para os maiores de 18 anos é uma boa notícia porque temos de aumentar as pessoas notificadas para serem vacinadas. Também temos muitos casos de pessoas que vão à primeira vacina e faltam à segunda ou porque acham que já estão bem ou porque pedem para reprogramar", afirmou.

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