PNV e Bildu vão a eleições no País Basco sem as suas estrelas no boletim de voto

Coordenador do EH Bildu anunciou ontem que não será candidato no próximo ano. Já o PNV trocou o atual <em>lehendakari</em> por um político mais jovem.
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Arnaldo Otegi, coordenador-geral do EH Bildu, confirmou ontem que não será candidato à liderança do governo do País Basco nas eleições regionais do próximo ano. Uma ausência de peso nos boletins de voto a que se junta a de Iñigo Urkullu, o atual lehendakari, que viu o seu partido, o PNV, impedi-lo de se apresentar novamente a votos para um quarto mandato.

"Toda a gente sabe quem sou e que tenho um passado", afirmou ontem Arnaldo Otegi, afastando a possibilidade de a sua decisão estar relacionada com o peso que o seu passado na ETA poderia ter na campanha do EH Bildu, garantindo que esta era uma decisão que já havia tomado "há muito tempo".

Para já, não é conhecido o nome da pessoa que o EH Bildu apresentará como candidato à liderança do governo basco nas eleições do próximo ano, mas uma coisa Otegi quis deixar ontem bem clara - que a sua liderança continua firme e conta com o apoio dos militantes do partido independentista. "Eu tenho um problema: as pessoas votam em mim", garantiu.

Por fim, o coordenador geral do EH Bildu mostrou-se ainda disponível para um debate televisivo com o atual lehendakari, Iñigo Urkullu, apesar de nenhum dos dois ir a votos.

A decisão do PNV não contar com Urkullu, 62 anos, para procurar conquistar um quarto mandato foi recebida com surpresa, tendo em conta que o líder do governo basco já andava em pré-campanha desde final de agosto. Urkullu disse sentir-se "em forma", mas que aceitava o seu afastamento "como homem do partido".

Este sábado o PNV anunciou que o seu candidato a lehendakari será Imanol Pradales, de 48 anos, cujo nome ainda terá de ser ratificado pelos militantes num processo interno que teve início logo durante o passado fim de semana.

O presidente do PNV, Andoni Ortuzar, agradeceu a Urkullu "os quase 12 anos de compromisso e dedicação ao governo Euskadi", mas afirmou que o partido está a apostar "no médio e longo prazo" com a eleição de um político que faz parte de "uma nova geração".

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