"Não estão a ser tomadas medidas, a não ser medidas propagandísticas, de reforço de efetivos que não resolvem sequer metade do problema do Porto", defendeu Paula Batista, que ocupou no Parlamento o lugar deixado vago pela saída de Honório Novo, em declarações aos jornalistas no Porto. .A deputada apontou vários problemas em esquadras da cidade e revelou que "só no Porto, nos últimos dois anos e meio, saíram 250 agentes daquela força policial", em declarações prestadas depois de uma visita à esquadra do Infante, onde as obras de requalificação de 250 mil euros, já concluídas, deixaram problemas de "infiltrações na secretaria e nas escadas".."O reforço que o MAI promete e anuncia de forma pomposa não cobre metade das saídas só no Porto", alertou Paula Batista, esclarecendo que tanto esse problema como as deficiências nas instalações de várias esquadras do Comando Metropolitano do Porto vão ser levantados pelo PCP na Assembleia da República..Para a deputada, existem outras questões que devem ser acauteladas, como a "gestão dos recursos físicos e materiais, nomeadamente das viaturas, sem as quais a polícia não pode dar a resposta necessária em tempo útil".."No Porto, todo o corpo de viaturas rondará à volta dos dez anos, o que, dado o desgaste que têm, correspondem a uma frota velha", argumentou, adiantando que "estão a ser tomadas propagandísticas de reforço de efetivos que não resolvem sequer metade do problema do Porto", alertou..Relativamente à esquadra do Infante, a comunista descreveu que no momento em que se iniciaram as obras já havia sido detetado que "iria haver infiltrações" e que, apesar dos alertas, "agora a obra está concluída e as infiltrações são uma evidência"..Também o vereador da CDU na Câmara do Porto, Pedro Carvalho, promete abordar aquelas matérias na reunião do executivo de terça-feira, insistindo na questão da esquadra de Cedofeita, já abordada na última sessão camarária do anterior mandato..O comunista quer questionar a autarquia sobre "que soluções públicas estão a ser estudadas para resolver o problema das novas instalações de uma esquadra que o comando considera essencial".."A Câmara e a maioria de Rui Moreira e Manuel Pizarro têm de ter uma palavra a dizer, usando o seu próprio património e sendo reivindicativa face ao MAI" relativamente à esquadra encerrada "no fim de outubro", defendeu Pedro Carvalho..Na reunião camarária de 15 de outubro, o presidente da Câmara do Porto cessante, Rui Rio, disse estar convencido de que o Governo está a tentar encontrar na zona de Cedofeita novas instalações para a 12.º esquadra da PSP, nomeadamente devido aos "contactos que a tutela tem vindo a fazer" com a autarquia.