Parque Turma da Mónica faz 10 anos e está a ser requalificado

Obras de melhoramento custam 150 mil euros. Espaço temático recebe cerca de duas mil pessoas por semana. "É um ícone da cidade", segundo o vice-presidente do município.
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Quase dez anos e cerca de um milhão de visitas depois, foi preciso dar descanso à Turma da Mónica. Os bonecos do parque temático inspirado na banda desenhada criada pelo cartoonista brasileiro Maurício de Sousa na década de 1960 precisaram de ser restaurados. Foram, à vez, para a fábrica e devem estar todos de volta este mês. Para já ainda falta a Mónica.

A requalificação do Parque BD-Turma da Mónica, que costuma receber duas mil pessoas por semana, custa 150 mil euros aos cofres da Câmara Municipal da Amadora (CMA), segundo o vice-presidente Vítor Ferreira, que espera superar o milhão de visitantes no ano do 10.º aniversário. Um investimento mais do que justificado pela importância que esta infraestrutura pioneira, inclusiva e acessível ganhou na última década na cidade vizinha de Lisboa.

Inaugurado a 16 de novembro de 2013, em homenagem ao criador da Turma da Mónica, o parque temático tem quatro mil metros quadrados e remete os pais para o revivalismo nos Anos de 1970 e 1980.

Ter a Mónica, o Cascão, o Cebolinha, a Magali, o Bidu, o Zé Lelé e o Chico Bento a uma escala gigantesca e estrategicamente posicionados em vários locais desta zona verde, de fácil acesso a pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, possibilitam e incentivam o contacto direto e interativo.

Esta infraestrutura conta com um trampolim gigante, uma teia de escalada colossal e um mini-rapel, entre muitos baloiços e escorregas de características inclusivas, que têm feito as delícias de milhares de famílias e que fazem do parque um espaço recreativo de excelência, onde uma criança que se desloque em cadeira de rodas pode brincar livremente e usufruir de alguns aparelhos.

Citaçãocitacao"A proximidade com a população e a acessibilidade são duas das razões para o parque ser procurado por milhares de famílias. O Parque BD-Turma da Mónica é um ícone da cidade da banda desenhada."

Foi construído há dez anos, entre a zona da Reboleira e da Falagueira, com recurso a vários materiais reciclados e custou 630 mil euros. Erigido no espaço da antiga Fábrica da Cultura, onde durante vários anos foi realizado o Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, o parque ajudou a requalificar uma zona degradada da cidade, que assim ganhou nova vida, ao ponto de ser hoje uma referência urbana. "A proximidade com a população e a acessibilidade são duas das razões para o parque ser procurado por milhares de famílias. O Parque BD-Turma da Mónica é um ícone da cidade-BD", disse Vítor Ferreira ao DN, referindo-se ao facto de a Amadora ter um festival de banda desenhada.

O cartoonista Maurício de Sousa visita o espaço sempre que vem a Portugal. Tem direitos de autor e só exige que o parque e as personagens mantenham as características originais e respeitem a história. A última vez que o artista brasileiro esteve no parque foi em 2018, mas desde então aquele espaço ganhou um nova importância por culpa da pandemia de covid-19, que tomou conta do mundo em 2020. Por estar no meio de uma zona residencial, com autocarro, metro e comboio a poucos metros, sendo ao mesmo tempo arejado e espaçoso, tornou-se visita diária para muitas famílias durante o confinamento, segundo o vice-presidente da CMA.

Tratando-se de uma infraestrutura urbana, foi agora decidido dotar o espaço de casas de banho públicas autónomas e que se desinfetam automaticamente a cada utilização.

isaura.almeida@dn.pt

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