De Gaulle: O general que defendia um poder forte.Herói da II Guerra Mundial, líder da França livre, o general Charles de Gaulle teve uma breve experiência de governação entre 1944 e 1946, como chefe do governo provisório da República Francesa. Em desacordo com o governo e com a Assembleia Constituinte, demite-se. Essa experiência leva-o a defender um Estado democrático forte. Depois de uma travessia do deserto, perante a instabilidade da IV República, funda a V, sendo o seu primeiro presidente, eleito ainda por sufrágio indireto em 1958, aos 68 anos. Foi reeleito em 1965..Pompidou: O sucessor natural que morre no poder.Quando De Gaulle bate com a porta após a vitória do "não" no referendo à reforma do Senado e à regionalização, Georges Pompidou surge como sucessor natural. O ex--primeiro-ministro derrota o interino Alain Poher nas presidenciais de 1969. Protagonista da aproximação aos EUA e ao Reino Unido, cuja entrada na CEE aceita, prossegue a modernização da França iniciada por De Gaulle. Doente, vem a morrer a 2 de abril de 1974. Tinha 62 anos..Giscard: O antigo ministro que falha a reeleição.Ministro de De Gaulle e Pompidou, após a morte deste Valéry Giscard d"Estaing avança para a presidência. Aos 48 anos, bate o socialista François Mitterrand. Defensor de um modelo social liberal, aprova o voto aos 18 anos, a despenalização do aborto e o divórcio por consentimento mútuo. Em termos internacionais destaca-se pelo empenho no reforço da construção europeia. Mas as dificuldades económicas aliadas às divisões na sua maioria - entre o RPR de Jacques Chirac e a sua UDF - levaram-no à derrota em 1981..Mitterrand: O presidente que abriu o governo aos comunistas.François Mitterrand já tentara a sorte duas vezes, mas só em 1981, aos 65 anos, chega ao Eliseu, batendo Giscard. Primeiro presidente socialista da V República, o antigo resistente à ocupação nazi cumpre dois mandatos de sete anos em que abole a pena de morte, envolve França na guerra do Golfo e impõe a austeridade nas contas nacionais. Logo em 1981 convida quatro ministros comunistas para o seu governo, acabando por esvaziar o partido..Chirac: O colosso que recusou debater com Le Pen.Fundador do RPR e da UMP, primeiro-ministro de Giscard e de Mitterrand, duas vezes derrotado nas presidenciais, Chirac chega ao Eliseu em 1995, derrotando Lionel Jospin. Tinha 63 anos. Colosso da política francesa, em 2002, depois do susto da passagem à segunda volta de Jean-Marie Le Pen, Chirac obtém 82,2%, tendo rejeitado um debate com o fundador da Frente Nacional. Impopular, perante a vitória do "não" no referendo de 2005 à Constituição Europeia, decide não se candidatar a um terceiro mandato (de 2000 a 2008 não limitados a dois)..Sarkozy: Moderniza a política mas falha a reeleição.Ex-ministro do Interior, em 2007, Nicolas Sarkozy, 52 anos, derrota a socialista Ségolène Royal. O filho de imigrantes húngaros torna a política francesa mais descontraída e sem papas na língua, mas não escapa a desafios internos e externos, como a crise financeira. Em 2012 é derrotado por François Hollande e em 2016 falha o regresso, perdendo as primárias para François Fillon..Hollande: A esperança da esquerda que não se recandidatou.Visto como a esperança da esquerda europeia, François Hollande chega à presidência em 2012, derrotando Sarkozy. Com um mandato marcado pela crise dos refugiados e por uma série de atentados, a sua popularidade cai até aos 4%. Em finais de 2016 anuncia que não se recandidata. Emmanuel Macron será o oitavo presidente da V República