"Os meus heróis da ficção? Harry Potter. E a inteligência da Hermione Granger"

A sua virtude preferida?

A tenacidade que nos permite sermos capazes de defender os princípios e valores em que mais acreditamos.

A qualidade que mais aprecia num homem?

A integridade é a qualidade que mais aprecio em qualquer ser humano.

A qualidade que mais aprecia numa mulher?

A integridade.

O que aprecia mais nos seus amigos?

O humor mordaz aliado a um sentido crítico muito apurado.

O seu principal defeito?

Costumam dizer que é a teimosia....

A sua ocupação preferida?

Ler, mas não considero que seja uma ocupação, é algo que faz parte de quem sou desde que a minha avó me ensinou a juntar as primeiras letras. Nunca se está sozinho quando se tem um livro por perto.

Qual é a sua ideia de "felicidade perfeita"?

A perfeição é algo que não existe, mas a minha ideia de felicidade passa por um final de tarde na praia, em boa companhia.

Um desgosto?

Perceber que as pessoas mais importantes da nossa vida não são imortais. O vazio deixado por essas ausências é algo que nunca se consegue preencher.

O que é que gostaria de ser?

Gostaria de nunca deixar de evoluir, procurando ser, sempre, uma melhor versão de mim.

Em que país gostaria de viver?

Países são unidades geográficas muito distintas, prefiro cidades. Não me importava de morar em Palo Alto, uma cidade no norte da Califórnia onde vivi quando realizava o pós-doutoramento na universidade de Stanford.

A cor preferida?

Todos os tons de azul.

A flor de que gosta?

Todas aquelas que nos são oferecidas no momento certo, por alguém que admiramos e que significa algo para nós.

O pássaro que prefere?

A andorinha, porque simboliza a mudança de estação e a chegada dos dias longos e quentes.

O autor preferido em prosa?

Philip Roth, Julian Barnes, Eça de Queiroz, cuja ironia mordaz traçou, talvez, o melhor retrato do que significa ser português. Mas, também, Virginia Woolf, Bruno Vieira Amaral cuja biografia genial de José Cardoso Pires acabei de ler.

Poetas preferidos?

Sophia de Mello Breyner Andresen.

O seu herói da ficção?

Harry Potter.

Heroínas favoritas na ficção?

A inteligência da Hermione Granger. Gosto muito do universo que a J.K. Rowling criou.

Os heróis da vida real?

Os meus avós, que me incutiram os valores por que procuro reger a minha vida: lealdade e honestidade.

As heroínas históricas?

Todas as mulheres que, de uma ou outra forma, desafiaram os seus limites procurando quebrar convenções, desconstruindo aquilo que seria um "típico papel feminino": Frida Kahlo, Virgínia Woolf, Rosa Parks e Madonna.

Os pintores preferidos?

Frida Kahlo e todas as cores com que escolheu retratar uma vida de superação e de desafios físicos constantes.

Compositores preferidos?

Brandi Carlile, uma cantora e compositora norte-americana que admiro e que já tive o privilégio de ver ao vivo, diversas vezes.

Os seus nomes preferidos?

Mateus, Rita e Matias.

O que detesta acima de tudo?

A hipocrisia.

A personagem histórica que mais despreza?

As personagens históricas são a matéria-prima como que trabalho, diariamente, há personagens que nos são, mais ou menos simpáticas, mas é preciso sempre enquadrá-las no contexto em que viveram.

O feito militar que mais admira?

A revolução de Abril de 1974 que permitiu, entre outras coisas, a democratização do acesso ao ensino superior. A educação é, para mim, o melhor elevador social.

O dom da natureza que gostaria de ter?

A liberdade, nunca se é verdadeiramente livre.

Como gostaria de morrer?

Com a ausência de degradação física e intelectual que, em muitos casos, antecede a morte.

Estado de espírito atual?

Uma curiosidade inquieta, sempre.

Os erros que lhe inspiram maior indulgência?

Todos os que no momento em que os cometemos não tivemos capacidade para fazer melhor.

A sua divisa?

Trabalho, rigor e perseverança.