Dez mortos e pelo menos 30 feridos em fogo num prédio de luxo de Paris
Dez pessoas morreram e pelo menos 30 ficaram feridas na sequência de um incêndio que deflagrou num prédio em Paris durante esta madrugada, informaram já esta terça-feira as autoridades locais. O número de mortos pode ainda aumentar, já que uma pessoa está em estado grave e as buscas por mais vítimas ainda continuam. Foi detida uma mulher suspeita de ter ateado o fogo.
"O número de vítimas pode ser ainda maior porque as operações de reconhecimento ainda não começaram nos andares superiores do prédio, onde o incêndio foi mais violento", informou o porta-voz dos bombeiros no local, Clement Cognon, citado pelo jornal Le Parisien. Ao início da manhã desta terça-feira, o fogo, que teve início durante a madrugada, ainda estava ativo nos nos 7º e 8º andares" do prédio no sudoeste de Paris, não muito longe da Torre Eiffel. O edifício fica na Rua Erlanger, 16.º distrito e é um dos bairros mais caros e tranquilos de Paris, perto do popular parque 'Bois de Boulogne' e a cerca de um quilómetro do estádio Roland Garros e perto do estádio do Paris Saint-Germain.
Quando chegaram ao local, os bombeiros depararam-se com um cenário "apocalíptico", com pessoas a pedir ajuda às janelas e outros moradores refugiados em telhados de prédios vizinhos para fugir às chamas e ao fumo. Os cerca de 200 bombeiros que combateram o incêndio usaram escadas para resgatar os moradores e ainda conseguiram retirar pelo menos 30 pessoas que se encontravam no prédio. Entre os feridos contam-se seis bombeiros.
As autoridades confirmaram a detenção de uma mulher que vive no prédio, tendo o procurador público de Paris, Rémy Heitz, adiantado que a polícia judiciária está a investigar as circunstâncias que levaram ao incêndio, contornos que apontam para fogo posto. Segundo o Le Parisien, a moradora estaria embriagada e terá tentado incendiar um carro estacionado junto ao prédio como vingança contra um vizinho.
O presidente da câmara de Paris já enviou as condolências às famílias das vítimas e foi decretado um minuto de silêncio na cidade para as 10.00 (9.00 em Lisboa).