Obama e os três inimigos históricos dos EUA
Confrontado com três problemas nascidos na época da Guerra Fria, estendeu a mão aos regimes da Coreiado Norte, de Cuba e do Irão, propondo negociações para a resolução dos diferendos em aberto. Objetivo: enterrar conflitos anacrónicos, ultrapassados por novas realidades, e colocar um ponto final a suspeitas mútuas. No caso cubano e iraniano, alguns sucessos têm-se verificado, abrindo o caminho que deverá culminar - ainda que a longo prazo - no restabelecimento de laços diplomáticos e na normalização de relações. Só no caso da Coreia do Norte, qualquer aproximação diplomática tem-se revelado infrutífera, com o regime de Pyongyang a mostrar-se irredutível. Ainda ontem, recorreu a insultos para se referir ao presidente dos EUA e desenvolveu recentemente uma campanha de pirataria informática para impedir a exibição de um filme a parodiar o seu líder, Kim Jong-un.
A península da Coreia permanece palco daquele que é,t alvez, o último conflito herdado da Guerra Fria. E um dos desafios mais complexos e longos para os Estados Unidos. Barack Obama é já o quatro presidente dos EUA a ter entre mãos a questão do programa nuclear do regime de Pyongyang, que ganhou dimensão crítica depois da Coreia do Norte anunciar o abandono do Tratado de Não Proliferação Nuclear no início dos anos 90.