O regresso de Lisbeth Salander - parte 5
O quinto volume da saga Millennium chega hoje às livrarias de 24 países e Portugal é um deles. O lançamento mundial de O Homem Que Perseguia a Sua Sombra (editora Dom Quixote) marca o regresso de Lisbeth Salander às aventuras, pela mão de David Lagercrantz.
Este é o segundo livro escrito pelo sucessor de Stieg Larsson, falecido em 2004. O jornalista sueco, com carreira na área policial, foi o escolhido para prosseguir a narrativa. No volume que hoje chega aos leitores, encontramos Lisbeth Salander detida na cadeia de Flodberga, junto às maiores criminosas do país.
Para além de Portugal, este quinto título - O Homem Que Perseguia a Sua Sombra - estará à venda nos seguintes países: Brasil, Croácia, República Checa, Dinamarca, Holanda, Ca-nadá, Inglaterra, EUA, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Hungria, Islândia, Itália, Noruega, Polónia, Rússia, Sérvia, Es-lováquia, Eslovénia, Espanha e Suécia.
Um regresso aguardado de uma coleção que vendeu 89 milhões de cópias em todo o mundo. Os três primeiros volumes da saga - Os Homens Que Odeiam as Mulheres, A Rapariga Que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e um Fósforo e A Rainha no Palácio das Correntes de Ar - escritos por Stieg Larsson, venderam 83 milhões de exemplares. O quarto volume, A Rapariga Apanhada na Teia de Aranha (2015), já da autoria de David Lagercrantz, vendeu seis milhões de livros.
Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist são as duas personagens centrais que se cruzam em Millennium, num improvável encontro entre uma jovem hacker com muitas tatuagens e piercings, magra, sempre vestida de negro, e um jornalista que joga o seu nome profissional e o da revista política na qual trabalha (e que dá nome à série de livros). Um e outro vão tecer uma improvável relação que vai desvelar um estranho manto de interesses empresariais, extremismos de direita e assassínios sob a paisagem dura de uma Suécia muito menos tolerante e democrática que tantos construíram.
Os livros escritos por Larsson transportam-nos com inteligência e minúcia para as ruas de Estocolmo como para a imaginária ilha de Hedeby, não escondendo a sua aversão pelas políticas e práticas eugénicas e racistas defendidas por (insuspeitos) suecos, como se se tratasse da perna partida numa mesa de linhas retas de uma qualquer casa de bom gosto e de irrepreensível imobiliário de madeira.