O que dizem os nossos esgotos? Que o consumo de ecstasy está a crescer

A recolha de águas residuais para análises permitiu fazer um retrato da tendência quanto ao consumo de droga
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A cocaína continua a ser a droga mais consumida em Portugal, mas o seu consumo tem vindo a diminuir. Pelo contrário, o consumo de ecstasy está a aumentar. São estas a conclusões genéricas a tirar de um estudo realizado a partir da recolha de amostras das águas residuais dos esgotos.

Lisboa, Porto e Almada são as três cidades portuguesas analisadas num total de cerca de 50 europeias. A capital portuguesa é aquela onde foram detetados mais vestígios das substâncias ilícitas analisadas, nomeadamente cocaína, metanfetaminas, anfetaminas e ectasy.

Lisboa é em 2016 a 15.ª cidade (das analisadas) onde mais se consome ecstasy, com 26,9 mg por mil pessoas por dia, o que representa um aumento do consumo. Em 2015, os valores encontrados eram de 22,9 e em 2013 de 4,9.

No Porto, em 2016, os vestígios encontrados foram de 10,8. No ano anterior, o primeiro analisado, era de 10,3. Em Almada, o crescimento foi de 2,5 para 2,8.

No que respeita ao consumo de cocaína, Lisboa é, em 2016, a 19.ª cidade europeia do universo analisado, com 258 mg miligramas por mil pessoas por dia, à frente de Paris, França, o que representa um decréscimo relativamente a 2015 (264.3).

Em Almada, que se encontra na 33.ª posição da tabela, o consumo de cocaína cresceu, do ano passado para este, de 63.6 em 2016 para 68,1. No Porto, os valores desceram de 92.4 para 90.8.

A cidade de Antuérpia, na Bélgica, é aquela onde mais se consome cocaína (914,8 mg por mil pessoas por dia) e anfetaminas (199,3) e a segunda onde mais se consome ecstasy (93.8), segundo este estudo do grupo Score em colaboração com o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência. Bratislava, na Eslováquia, lidera no consumo de metanfetaminas, com 671.8 mg por mil pessoas por dia.

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