"O mundo pula e avança, como bola colorida"
A Bélgica é o próximo adversário, em Sevilha, no Campeonato Europeu de Futebol. Diante da França, ontem à noite, Fernando Santos fez duas mudanças em relação à equipa nacional derrotada diante da Alemanha na última jornada: William Carvalho e Bruno Fernandes cederam espaço a João Moutinho e Renato Sanches. As alterações deram resultado. Portugal empatou com a França, por 2-2. É caso para dizer que vale a pena mexer em peças-chave, sem tabus, para obter resultados diferentes do passado. No jogo do Europeu, a grande estrela foi também Rui Patrício, uma águia a defender a seleção, por duas vezes, de forma impressionante. Do melhor que se viu nos últimos anos em futebol, num jogo de nervos em que a experiência e o bom senso imperaram.
Por 90 minutos e de olhos postos no Alemanha-Hungria, o mundo parecia pular e avançar, como bola colorida, qual música de fundo da Pedra Filosofal, de Manuel Freire e António Gedeão. O país vibrou e esqueceu termos como "matriz", "R(t)", "UCI", "covid-19". Mas a pandemia ainda não acabou. Cem dias depois de ter iniciado o desconfinamento na zona verde da matriz de risco, Portugal encontra-se agora com os indicadores de controlo da pandemia de covid-19 no "vermelho". Os alertas soam bem alto em Lisboa e Vale do Tejo, mas não só. Por isso, trazemos à manchete algumas das decisões que serão conhecidas hoje após a reunião do Conselho de Ministros.
A evolução da pandemia na Área Metropolitana de Lisboa (AML) reflete-se no número de doentes que precisam de internamento, o que já levou os hospitais da região a avançar para uma fase de prevenção para a eventual necessidade de aumentar o número de camas de cuidados intensivos nos próximos dias. Espera-se que os festejos de ontem à noite, por todo o continente e ilhas, não contribuam para novos contágios.
Tal como no futebol, em pandemia não é tempo de baixar a guarda.
Só durante a última semana, Lisboa e Vale do Tejo tinha 65% do total de doentes do país internados em cuidados intensivos, mas agora com um perfil diferente das anteriores vagas: são doentes mais jovens. Nunca é de mais escrever que reforçar a testagem de diagnóstico à covid-19, incluindo para acesso a eventos desportivos, culturais e também familiares, é crucial, bem como acelerar a vacinação.
O Diário de Notícias subiu no índice de confiança. Assim, a percentagem de confiança dos portugueses no DN situa-se agora nos 77%, mais dois pontos percentuais face a 2020, segundo o relatório anual Reuters Digital News Report, publicado ontem. A confiança nas marcas do Global Media Group (GMG) estende-se ao Jornal de Notícias e à TSF. Leia a notícia na íntegra.
A confiança, como em qualquer relação entre as pessoas ou em qualquer negócio, custa a alcançar, mas pode perder-se rapidamente. É um ativo pelo qual temos de zelar todos os dias. Isso só se faz com profissionalismo, independência, trabalho de equipa e, por consequência, o reconhecimento dos leitores.