Novo recorde de mortes do mês. 17 das 23 tinham 80 ou mais anos

Portugal regista novo máximo diário de óbitos devido à pandemia desde março e 73,9 % das vítimas tinham mais de 79 anos. Falta vacinar com o reforço 22,7 % deste grupo.
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O número de vítimas mortais devido à covid-19 voltou a subir: 23 pessoas nas últimas 24 horas. Distribuídas por grupos etários, verifica-se que 17 dos mortos têm 80 ou mais anos de idade e três entre 70 e 79. Os mais velhos foram os primeiros a levar o reforço da vacina, mas há uma pequena parte que ainda não está vacinada: 22,7 % dos que têm mais de 79.

O relatório da Direção-Geral de Saúde (DGS) deste domingo indica que há mais 23 vítimas mortais (18 537 no total), mais uma que no sábado (22). O que revela que se continuam a bater recordes de mortalidade nesta nova vaga da doença, sendo que são os mais idosos as vítimas mortais.
Há a registar mais 3786 novos casos da doença no último dia,
mais novas infeções na região de Lisboa e Vale do Tejo (1244) que no Norte (mais 1068), ao contrário do que acontecia no sábado.

O Algarve tem muito menos infeções diárias com SARS-CoV-2 que o Norte (mais 265 novos casos) e tem o mesmo número de mortes nas últimas 24 horas: cinco. Mas é o centro que regista o máximo diário: sete óbitos.
Estão internadas 911 pessoas com covid-19 (mais 32 este domingo), das quais 134 em unidades de cuidados intensivos (mais quatro).

O reforço da vacinação contra a covid-19 chegou a 1,5 milhões de residentes em Portugal. Destas 3.ª doses, 527 074 são de utentes com 80 ou mais anos de idade. Foi o primeiro grupo etário a tomar uma dose suplementar, no dia 11 de outubro, e constitui um terço do total de vacinados. Mas faltam ainda 154 516 nesta faixa etária, cuja estimativa do Instituto Nacional de Estatística aponta para 681 590 habitantes no país.
O segundo grupo mais vacinado tem entre 70 e 79 anos (511123), representando também um terço do total. Mas ainda falta 48,9 % da população nacional deste grupo etário (1000217).
Foram administrados dois milhões de vacinas contra a gripe.
Ontem teve início a vacinação das pessoas com mais de 50 anos que tomaram a Janssen (Johnson & Johnson) e que era de toma única. Representam 270 mil pessoas. Estavam convocados 50 mil para este primeiro dia. Este grupo voltará a ser vacinado no feriado de 8 e nos dois domingos seguintes.

A convocatória é feita por mensagem telefónica, mas os utentes também se podem dirigir aos centros de vacinação no regime de casa aberta. Possibilidade que está disponível todos os dias para os 75 e mais anos, profissionais de saúde e primeiras doses da vacina.

Na última sexta-feira realizaram-se 168 mil testes à covid-19, batendo-se pela terceira vez na semana o recorde de testagem. Números a que não é alheio o facto de ser exigido um diagnóstico negativo da doença mesmo com a vacinação a partir de 1 de dezembro em determinadas situações. É obrigatório para a entrada em lares; em bares e discotecas, em recintos desportivos com mais de cinco mil pessoas (sábado foi o dia do derby Benfica-Sporting), em espaços de animação sem lugar marcado e nas fronteiras portuguesas.


Os 168 mil testes realizados na sexta-feira resultaram na identificação de 5 544 novos casos, uma taxa de positividade de 3,33%. Destes, 117 mil (70%) foram testes rápidos de antigénio, o que é obrigatório realizar-se em farmácias ou laboratórios. Estes dados não incluem os autotestes.

Na última semana, realizaram-se 540 mil despistagens da covid-19. Em novembro fizeram-se 1,5 milhões de testes, com uma média diária de 50 mil. Valor largamente ultrapassado na última quinta-feira (117 mil) e terça-feira (113 mil).

O Instituto Nacional Ricardo Jorge espera atingir os 22 milhões de testes no início desta semana. Até ao momento, realizaram-se 15,2 milhões de testes PCR e 6,4 milhões de testes rápidos antigénio (TRA). Os TRA são comparticipados desde 19 de novembro, medida em vigor até 31 de dezembro nas empresas aderentes.

ceuneves@dn.pt

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