Nove acusados de homicídio por tragédia em discoteca

(COM VÍDEO) Nove pessoas foram hoje formalmente acusadas de homicídio na sequência do inquérito da polícia brasileira sobre o incêndio que provocou em janeiro a morte de 241 jovens na discoteca Kiss, em Santa Maria.
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Entre os acusados estão dois músicos da banda que atuou naquela noite, cinco responsáveis da discoteca e dois bombeiros que tinham concedido a licença de funcionamento do espaço.

A polícia confirmou que o incêndio começou com um very-light lançado pelo vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo Jesus dos Santos. As faíscas incendiaram o teto inflamável, provocando um fumo mortal.

"O fumo espalhou-se e provocou o caos", explicou o comissário Marcelo Arigony em conferência de imprensa.

A falta de sinalização para as saídas e a existência de apenas uma saída de emergência e as barreiras existentes para criar apenas uma fila de pessoas foram obstáculos fatais para os jovens que estavam na discoteca.

Morreram 241 jovens, a maioria por asfixia, e 623 outros ficaram feridos. Hoje, 55 dias depois da tragédia, a polícia entregou à justiça um processo de 13.000 páginas que têm como base 800 testemunhos.

Um total de 28 pessoas, incluindo o presidente da Câmara Cezar Schilmer, foram considerados, pela polícia, culpados civilmente pela tragédia.

Familiares das vítimas choraram durante a conferência de imprensa quando foram revelados vídeos que mostram o início do incêndio e o caos que se seguiu.

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"Tirámos o som a um vídeo porque era demasiado triste", sublinhou Marcelo Arigony.

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