Nomadland eleito melhor filme nos prémios do Sindicato de Realizadores
O filme Nomadland, de Chloé Zhao, venceu este sábado o prémio de melhor longa-metragem nos prémios do Sindicato dos Realizadores da América (DGA), na última grande cerimónia antes do Óscares.
A realizadora, que foi a segunda mulher a vencer aquele prémio, dedicou o discurso de vitória aos colegas nomeados. "Quero agradecer-vos por me ensinarem tanto e por me apoiarem. Vocês tornaram esta viagem muito mais especial", disse a realizadora de 39 anos.
Até agora, apenas uma mulher tinha ganhado o troféu de melhor longa-metragem nos prémios da DGA: Kathryn Bigelow, em 2009, por Estado de Guerra.
Também indicados na categoria principal foram os realizadores David Fincher (Mank), Emerald Fennell (Promising Young Woman) e Lee Isaac Chung (Minari).
Nomadland é considerado a grande favorita aos Óscares deste ano. Chloé Zhao, natural de Pequim, disse que espera que através do seu filme os espectadores possam "experimentar a vida de pessoas que podem ver como o outro e assim sentirem-se menos solitários". Segundo a realizadora, o filme serviu também como "uma saída e um remédio para a sua solidão muito intensa".
Sound of Metal, de Darius Marder, conquistou o prémio de melhor estreia na realização, enquanto, no campo da televisão, foi premiada a realização da série Gambito de Dama, de Scott Frank.
Nomadland - Sobreviver na América, terceira longa-metragem de Chloé Zhao, acompanha Fern (a atriz Frances McDormand), uma mulher que decide abandonar a vida convencional na cidade, atingida por uma crise económica, para ser nómada, numa carrinha.
O filme, que obteve os Globos de Ouro de melhor drama e melhor realização, está indicado ainda para os BAFTA (que terminam hoje a entrega dos galardões deste ano, distribuída em dois dias devido à pandemia de covid-19) de melhor fotografia, argumento adaptado e atriz principal, entre outros.
Se no ano passado a DGA preferiu Sam Mendes (1917) a Bong Joon-ho (Parasitas), os galardões do sindicato previram corretamente o vencedor dos Óscares nos seis anos anteriores.
Embora menos importantes que os Globos de Ouro e que os SAG, os prémios da DGA são mais antigos e seus 18 mil eleitores, incluindo os melhores realizadores do setor, oferecem um reconhecimento de prestígio. Esta foi a 73.ª edição dos prémios DGA.