Neto: de 'desperdiçado' na Luz a milionário na Rússia
É um dos nomes menos mediáticos na seleção, ou não fosse ele um dos poucos que nunca jogou em nenhum dos "três grandes". Não que tal não tivesse perto de ter acontecido, em 2011, mas não houve entendimento com o Benfica, que não aproveitou o direito de preferência que detinha. Uma boa época no Nacional (2011/12), contudo, abriu-lhe portas para outros voos: com uma passagem pelo Siena pelo meio, Luís Neto passou de quatro mil euros/mês no Nacional para um contrato de 6,5 milhões de euros com o Zenit, válido até 2017.
Para trás ficou a "sua" Póvoa, terra onde habita quase toda a família e a namorada, Andreia, e que Luís Neto nunca quis deixar. Na verdade, quando rumou à Madeira, Neto "nem sabia fazer a cama, nem preparar o pequeno-almoço", como revelou numa recente entrevista. Fã de Cannavaro, Fernando Couto, Bruno Alves e Ricardo Carvalho, Neto até pensava construir o futuro através dos estudos: anulo razoável, com médias de 14, reprovou no 12.º ano por culpa da matemática, mas ingressou na faculdade, no curso de Desporto, em Coimbra, onde teve a companhia de um dos muitos primos futebolistas: Ricardo, novo guarda-redes do FC Porto.
Os números:
O defesa-central estreou-se nas pré-convocatórias de Paulo Bento na primeira lista após o Euro 2012 (ainda estava no Nacional), mas o primeiro jogo só foi feito em fevereiro de 2013. Neto fez dois jogos na fase de qualificação e garantiu uma vaga entre os 23 de Paulo Bento.
8 internacionalizações jovens - O central só chegou às seleções jovens nos sub-20, tendo feito quatro jogos. Depois, pelos sub-21 fez mais quatro partidas.
3 milhões de euros - Quanto o FC Porto ofereceu por ele, mas o Nacional, em comunicado, disse que achava pouco. O Siena pagou 1,7 e, depois, 30% da venda ao Zenit.
33 jogos em 2013/14 - Luís Neto cumpriu uma boa época no Zenit, tendo participado em 33 partidas, das quais 24 na Liga russa e sete na Liga dos Campeões.
Revelação - Na votação para jogador revelação da II Liga 2010/11, Luís Neto foi o escolhido, fruto da boa época no Varzim, a última na Póvoa.