Música para a Rainha, adeus a Paula Rego e o elogio do "povo"
Londres enche-se de música nos 70 anos de reinado de Isabel II
Quem melhor do que os Queen para abrir o concerto do Jubileu de Platina de Isabel II? A banda britânica foi a primeira de um longo desfile de estrelas que prestaram homenagem aos 70 anos de reinado da monarca, num palco diante do portão do Palácio de Buckingham. A assistir ao vivo estavam milhares e milhares de pessoas, entre elas os herdeiros do trono, os príncipes Carlos e William, que subiram ambos ao palco para saudar a dedicação da mãe e avó aos seus súbditos desde que subiu ao trono em 1952, com apenas 25 anos. Hoje, aos 96, problemas de mobilidade afastaram a Rainha de parte das celebrações do Jubileu. Bom, em parte. Porque Isabel II abriu a noite protagonizando um sketch ao lado do ursinho Paddington em que ambos partilham a localização secreta onde guardam as suas sandes de Marmelade. Agora já sabemos o que a Rainha leva sempre na mala!
O "rei" Nadal vence Roland Garros pela 14.ª vez
Bastaram duas horas e 18 minutos para Rafael Nadal "despachar" o norueguês Casper Rudd na final de Roland Garros. Depois de muitas dúvidas sobre o seu estado físico, o espanhol garantiu o seu 14.º triunfo em Paris, confirmando que, apesar dos 36 anos e da lesão crónica num pé, continua a ser o rei da terra batida. Com esta vitória sobre o seu discípulo - Rudd frequenta a escola de ténis de Nadal e ambos até costumam treinar juntos -, o espanhol conquistou o seu 22.º Grand Slam e alargou um pouco mais a distância para os velhos rivais: Roger Federer e Novak Djokovic têm ambos 20. Mas a festa ficou manchada pelas declarações de Nadal, de que só aguentou as dores porque fez infiltrações no pé esquerdo. Com vários ciclistas a denunciarem a dualidade de critérios: "Se um ciclista fizesse a mesma coisa, já estaria banido", garantiu Guillaume Martim.
Boris escapa a voto de não-confiança, mas sai fragilizado
Precisava de 180 votos a favor e teve 211: Boris Johnson sobrevive a um voto de não confiança à sua liderança do Partido Conservador no rescaldo dos escândalos do partygate. Uma meia vitória se pensarmos que mais deputados dos Tories votaram contra do que ele estaria à espera. E se pela lei o primeiro-ministro britânico está agora protegido durante um ano de nova tentativa para o derrubar, a verdade é que sai fragilizado de todo este processo. Menos de dois anos e meio depois de vencer as eleições com uma maioria histórica, viu mais de uma centena dos 359 deputados conservadores virar-se contra ele. E isso significa problemas em votações futuras. Boris fala em "vitória convincente", vamos ver até quando.
Impedir os "maus" de ter armas. O apelo forte de McConaughey
Filho de uma escritora, que fora educadora de infância, e de um empresário ligado ao petróleo, Matthew McConaughey nasceu em Uvalde, a terriola do Texas que agora entrou nas notícias por ter sido palco de um tiroteio numa escola que matou 19 alunos e dois professores. Foi por isso sem esconder a emoção que o ator foi à Casa Branca lançar um apelo forte ao Congresso para que aprove legislação mais dura sobre controlo de armas. "Queremos escolas protegidas e seguras e queremos leis das armas que não tornem tão fácil aos maus obterem as malditas armas", lançou, enquanto exibia obras de arte e os ténis verdes de duas das vítimas. Ele próprio proprietário de armas, McConaughey defendeu uma "posse responsável".
Adeus a Paula Rego, a mulher que sempre pintou Portugal
"É uma felicidade poder trabalhar. Imagine-se alguém da minha idade sem nada para fazer...", afirmava Paula Rego há alguns anos em entrevista ao DN. Foi isso que fez até esta quarta-feira, quando aos 87 anos morreu na sua casa de Londres, cidade onde viveu metade da vida. Criada entre o Estoril e a Ericeira, é o pai, convencido que o Portugal salazarista "não é para mulheres" que a manda estudar para Londres aos 16 anos. O talento cedo despontou, mas o reconhecimento no meio só chegaria aos 53 anos. Casada com o artista Victor Willing, Paula Rego teve três filhos. O mais novo, Nick, realizou o documentário Paula Rego, História & Segredos, em 2017. Portugal e o mundo despediram-se da artista. Fica a obra, parte da qual se pode ver na Casa das Histórias em Cascais.
Parlamento volta a aprovar a eutanásia. Pela terceira vez
Dois vetos depois, à terceira votação no Parlamento as propostas para legalizar a eutanásia voltaram a passar com uma clara maioria. Foram 128 votos a favor, mesmo assim menos do que nas duas votações anteriores: 138 e 136 respetivamente. Aprovada na AR, a despenalização da morte assistida passa agora ao trabalho em comissão parlamentar e voltará então às mãos do Presidente da República. Resta saber o que Marcelo Rebelo de Sousa fará - pode enviar novamente o diploma para o Constitucional, vetar ou promulgar. Mas se optar pelo veto político, os deputados terão agora a faculdade de reconfirmar o diploma, o que obrigaria o Presidente a promulgar. E o sinal deixado foi que chegou a hora de "concluir este processo", como afirmou o socialista Alexandre Quintanilha.
Marcelo elogia o povo sem o qual "não teria havido Portugal"
As celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas começaram em Braga. Depois de uma intervenção do constitucionalista Jorge Miranda, presidente da comissão organizadora das comemorações do 10 de Junho, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que "a pátria é muito mais que heróis: é povo". Uma frase que condensa bem a mensagem do Presidente, toda dedicada a homenagear os portugueses. Por isso, Marcelo prosseguiu: "Sem o povo, sem a arraia miúda, não teria havido Portugal". E foi esse povo que deixou "língua e alma" espalhadas pelo mundo, com o Presidente a destacar Brasil e Timor-Leste no seu discurso, sem esquecer os povos que recebemos, como o ucraniano. E o dia não terminaria sem Marcelo se juntar às comunidades portuguesas em Londres.