Mulher perdeu bebé porque maternidade estava cheia

O governo francês mandou hoje abrir um "inquérito excecional" ao caso de uma mulher que, por falta de espaço, não foi recebida na maternidade Port-Royal, em Paris, onde deveria dar à luz.
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A mulher dirigiu-se à maternidade, especializada em partos complicados, na quinta-feira, mas, apesar de ter o parto agendado e de ter informado que não sentia o bebé a mexer-se, não foi aceite por falta de espaço disponível para a receber.

Na noite de quinta para sexta-feira, a paciente e o marido acabaram por deslocar-se às urgências, onde se constatou que o bebé morrera no útero, informa o jornal francês "Le Parisien".

O responsável pela maternidade Port-Royal, Dominique Cabrol, reconhece que no dia em que o caso ocorreu havia "uma saturação total" do edifício, mas garante que os exames efetuados à paciente demonstraram que estava com um ritmo normal.

A ministra da Saúde francesa, Marisol Touraine, exigiu uma investigação ao caso e pediu desculpa ao casal que perdeu o bebé, que, por sua vez, já avançou com uma queixa em tribunal por homicídio por negligência.

A maternidade em causa passou por obras de remodelação recentemente, tendo reaberto há um ano com equipamentos modernos.

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