Morreu Harry Harrison

Autor americano de ficção científica tinha 87 anos e inspirou filme de 1973 protagonizado por Charlton Heston e Edward G. Robinson, à Beira do Fim.
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O escritor de ficção científica Harry Harrison nunca foi um dos nomes mais sonantes do género, mas está ligado a um dos filmes clássicos, Soylent Green, que em Portugal teve por título à Beira do Fim. A película de 1973, com Charlton Heston no papel principal, baseou-se no romance Make Room, Make Room, sobre uma crise demográfica que causava a rutura ecológica no planeta. O aviso sobre a insustentabilidade do consumo de recursos é ainda hoje bastante atual.

Harrison, cujo verdadeiro nome era Henry Dempsey, tinha origem americana e a sua morte, aos 87 anos, foi hoje anunciada no sul de Inglaterra, onde vivia. A sua carreira começou na ilustração e passou ainda pela rádio, mas a partir dos anos 50 o autor começou a escrever contos e novelas, num estilo cheio de humor e imaginação. A obra é extensa, sendo o seu trabalho mais famoso, pelo menos no mundo anglo-saxónico, a série Bill, Herói Galáctico, da qual só um livro foi publicado em Portugal. Outra referência é Stainless Steel Rat, também uma série que fundia o humor com a ficção científica, numa paródia a trabalhos de referência.

Tal como aconteceu com Soylent Green, muitas histórias de Harrison serviram de inspiração a filmes e série de TV. A influência do autor estendeu-se à elaboração de antologias no género de ficção científica e à publicação de dezenas de contos.

Muito popular em vários países europeus, sobretudo nas décadas de 70 e 80, Harry Harrison tem alguns dos seus romances publicados em português: Universo Cativo e À Beira do Fim (Caminho); Oeste do Éden (Gradiva); Bill, Herói Galáctico, Nas Nossas Mãos as Estrelas, A Praga do Espaço e Mundo-Nosso (colecção Argonauta).

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