Moda das duas rodas está a atrair marcas de luxo

Muitas marcas já se aperceberam disso e estão a comercializar bicicletas com punhos de couro, selim de pele de crocodilo ou estrutura de ouro com cristais Swarovski. Pormenores que vão ao encontro apenas de algumas bolsas.

"Sem dúvida, é um setor que está a crescer. Existe um determinado grupo de pessoas que não só gostam de andar de bicicleta, como querem andar com estilo", afirmou Miguel Gatoo, fundador da Slow Room, loja de bicicletas de Madrid, ao El País. Foi com base neste interesse que designers e marcas olhara para este veículo de duas rodas com o objetivo de o consolidar como o mais novo objeto que qualquer pessoa com um nível de vida a cima da média deve adquirir.

A Lacoste foi uma das primeiras marcas a olhar para as bicicletas de uma forma diferente. Projetadas pelo arquiteto Masamichi Katayama e na vitrine da exclusiva boutique Colette de Paris, numa das ruas mais glamorosas da cidade, a Rue Saint-Honoré, o modelo foi vendido por 2.500 euros. Também Lorenzo Martone, ex-namorado de Marc Jacobs, fez a sua aproximação ao setor: "As minhas bicicletas são uma ponte entre a moda e o universo das duas rodas", disse ao mesmo tempo que apresentava as suas criações em Madrid, no exclusivo centro comercial de Las Rozas Village. Para poder andar nestas bicicletas, o cliente não paga menos de mil euros e pode ainda acrescentar alguns pormenores. Para muitos designers a bicicleta tornou-se tão importante como escolher roupa, a mala ou um fato. E pode mesmo revelar algo sobre quem a usa e mostrar o poder económico de quem vai sentado no luxuoso selim.

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