Meio milhar na marcha de 'marijuana' do Porto

Ao som de apitos e música 'reggae' milhares pediram a legalização desta  droga e o fim do estigma associado ao consumo
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Meio milhar de pessoas, de acordo com a estimativa policialparticiparam ontem, no Porto, na Marcha Global da Marijuana (MGM), com o objectivo de pedir a legalização das drogas leves, nomeadamente da cannabis.

Entre os presentes contava-se o norte-americano Jay Jackson, que criou uma erva similar à cannabis e muito popular.

Jay jackson defendeu aos jornalistas ser "perfeitamente normal" que se consumam drogas leves, citando o caso da Holanda que em 1976 descriminalizou o consumo e posse de menos de cinco gramas de marijuana.

A marcha, iniciada às 16:10 na Praça do Marquês, rumou à Praça D. João I, ao som de apitos, sirenas e de música reggae, com os manifestantes a empunharem tarjas com inscrições a pedir a legalização da cannabis.

Carla Fernandes, da organização da marcha, disse que um dos objectivos da iniciativa é obter uma eventual legalização da cannabis, mas também retirar o "estigma" geralmente associado ao consumidor daquela droga leve.

"O consumidor de marijuana pode perfeitamente trabalhar, constituir família, pagar os impostos e não merece ser tratado com esse estigma", defendeu.

A MGM é uma iniciativa internacional que reivindica a legalização da cannabis e se realiza desde 1999 no primeiro sábado de Maio, em mais de 200 cidades. O Porto optou por ser fiel à tradição e manter a data original. Contudo, cidades como Lisboa, Braga ouCoimbra preferiram realizar a sua Marcha no dia 09 de Lisboa.

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