Mau tempo adia chegada de Svetlana Alexievich à Madeira

O encontro entre o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e a escritora Svetlana Alexievich, Nobel da Literatura 2015, foi remarcado para amanhã, dia em que inicia o Festival Literário da Madeira.
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Svetlana Alexievich, que deve abrir o Festival Literário, tinha um encontro hoje, seguido de almoço, com Miguel Albuquerque, na presidência do Governo Regional, na Quinta Vigia, mas, devido às más condições atmosféricas (vento forte), a Prémio Nobel, depois de duas tentativas para chegar à Madeira, no sábado e no domingo, só deverá pisar solo madeirense no final da tarde, caso as condições atmosféricas o permitam. A meio da manhã de hoje, os ventos intensificaram em Santa Cruz, provocando a divergência para outros aeroportos de seis aeronaves.

A Academia Sueca distinguiu Svetlana Alexievich com o Prémio Nobel da Literatura 2015 pela sua escrita "polifónica, um monumento ao sofrimento e à coragem no nosso tempo".

O Festival Literário da Madeira abre na terça-feira, com eventual presença da jornalista e escritora Svetlana Alexievich, e fecha no final da semana com o Prémio Pessoa Frederico Lourenço e o norte-americano Adam Johnson, vencedor do Pulitzer. O Festival Literário da Madeira é este ano dedicado ao tema "Literatura e a Web - entre o medo e a liberdade", tendo como palco o Teatro Municipal Baltazar Dias, no Funchal.

A sessão de abertura, na terça-feira, deve contar com Svetlana Alexievich, numa conversa com o jornalista Luís Caetano,que toma a experiência da autora, dos testemunhos que procurou e recolheu ao longo do seu percurso - testemunhos de guerra, de morte e de destruição, testemunhos de sobrevivência - para a pergunta que norteia o encontro: "Haverá algo mais assustador do que o homem?".

Com uma obra traduzida em 22 línguas, Svetlana Alexievich recebeu igualmente, entre outros, o Prémio da Paz Erich Maria Remarque, da Alemanha, em 2001, e o Prémio Nacional da Crítica, dos Estados Unidos, em 2006. Os seus livros estão traduzidos em 22 línguas e alguns foram já adaptados a peças de teatro e documentários. Segundo a Academia Sueca, "devido às suas posições críticas, foi obrigada, após a licenciatura, a trabalhar num jornal regional na cidade bielorrussa de Brest, junto da fronteira com a Polónia".

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