Marcar lugar na praia? Em Itália dá multa de 200 euros
Das costas da Toscana às praias da Sardenha, os turistas que procuram os melhores lugares ao sol em Itália podem, a partir de agora, arriscar uma multa de 200 euros por deixarem toalhas e chapéus nos areais de um dia para o outro.
A guarda costeira italiana lançou a operação Mar Seguro ("Mare Sicuro", no original) por considerar esta prática - que há muito se disseminou não só em Itália, mas também em Portugal - injusta para com os turistas que procuram um lugar à beira-mar nas praias públicas nos horários considerados comuns.
No sábado, a guarda costeira de Livorno apreendeu já 37 cadeiras de praia, 30 guarda-sóis, toalhas e até fatos de banho, reporta o The Guardian. Tentar reaver estes acessórios de praia irá custar duas centenas de euros de multa aos transgressores.
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Em Cecina, na Toscana, os banhistas só podem marcar lugar a partir das oito e meia da manhã; antes dessa hora, estão sujeitos à multa prevista por lei. Em Tortoreto, em Abruzzo, na praia de Roseto Capo Spulico, em Cosenza e em Salerno registaram-se já apreensões semelhantes às de Livorno.
De acordo com o italiano La Repubblica, o hábito de deixar cadeiras, chapéus e toalhas para marcar lugar iniciou-se quando as primeiras vagas de turistas começaram a visitar a Itália, nos anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial. Este é, por isso, um hábito "antigo e enraizado" na cultura italiana.
Há alguns anos, a guarda costeira italiana aplicara já uma multa de mil euros a seis turistas que tinham estendido toalhas às seis da manhã para reservar os melhores lugares no areal de um resort na Liguria, região do noroeste de Itália.
Em Portugal, esta é igualmente uma prática comum, embora ainda não seja punida por lei. Na semana passada, os visitantes da praia de Armação de Pêra, em Silves, denunciaram nas redes sociais um cenário de "areal fantasma", com as toalhas estendidas e guarda-sóis abertos sem os proprietários por perto às primeiras horas da manhã. Segundo disse ao DN o capitão do porto de Portimão e comandante da polícia marítima, esta é uma "questão tradicional" que, por não constituir uma ilegalidade, se tem perpetuado.
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