Mais de 30 polícias frequentam curso de prevenção e combate à violência doméstica
Oficiais e chefes da Polícia de Segurança Pública (PSP) estão a frequentar, durante duas semanas, um curso de especialização para prevenção e combate à violência doméstica, avançou esta sexta-feita à agência Lusa a força de segurança. Segundo a PSP, o curso pretende contribuir para um nível de especialização nas forças de segurança no âmbito da "prevenção e intervenção policial em violência doméstica".
Violência conjugal e com idosos, maus tratos e abuso sexual a crianças ou técnicas de entrevista são alguns dos temas abordados no curso, que começou a 15 de julho e tem a duração de duas semanas. A PSP informa, também, que este curso tem por objetivo formar polícias na ótica da prevenção e intervenção policial em violência doméstica. O curso, que responde às recomendações da comissão interdisciplinar criada pelo Governo, visa igualmente "a otimização do serviço policial sustentada numa atuação simultânea nas vertentes de atendimento, proteção policial e investigação criminal".
De acordo com aquele polícia, os 34 oficiais e chefes da PSP que frequentam o curso têm responsabilidades de coordenação e gestão operacional nas vertentes de resposta imediata, atendimento e investigação criminal de crimes de violência doméstica. A PSP referiu ainda à Lusa que este curso faz parte do plano anual de formação da PSP e foi definido tendo em contas "as necessidades futuras das diferentes intervenções policiais no âmbito da violência doméstica".
A Polícia de Segurança Pública registou 14.519 participações de violência doméstica em 2018, menos 996 do que no ano anterior, e deteve 598 suspeitos (mais 98 do que em 2017). Na área da PSP, os distritos que mais ocorrências de violência doméstica registaram em 2018 foram Lisboa (5065), Porto (2623) e Setúbal (1293).
Segundo o Relatório Anual de Monitorização da violência doméstica referente a 2018 , divulgado este mês de julho, a PSP dispõe de 554 efetivos com responsabilidades específicas no âmbito da violência doméstica (461 homens e 93 mulheres) e tem 144 salas específicas de atendimento à vítima.